DISCOS
Pocahaunted
Beast That You Are
· 07 Abr 2008 · 08:00 ·
Pocahaunted
Beast That You Are
2008
Night People
Sítios oficiais:
- Pocahaunted
- Night People
Beast That You Are
2008
Night People
Sítios oficiais:
- Pocahaunted
- Night People
Pocahaunted
Beast That You Are
2008
Night People
Sítios oficiais:
- Pocahaunted
- Night People
Beast That You Are
2008
Night People
Sítios oficiais:
- Pocahaunted
- Night People
Suportável decréscimo de entusiasmo redime-se com vistas largas sobre o vale encantado.
Para além de um encarte fabuloso (como é habitual), Beast that you are é também revelatório da matéria com que se fazem as "canções" do dou feminino mais estimulante da actualidade nos subterfúgios norte americanos, e dos caminhos que estas têm ousado trilhar e dos becos com que se poderão deparar. Uma cassete = 2 lados e uma assimetria clara no que diz respeito à capacidade das meninas de não desbravar território já sobejamente conhecido (o que só pode ser considerado desnecessário neste caso).
O lado A não se afigura como mais do que um mero remake do fabuloso Emerald Snake on Ruby Velvet (com Bobb Bruno), sem que se sinta o abismo reconfortante que este tão bem recriou, ou seja, sem a intervenção divina da Jamaica que habita no cérebro de Bobb Bruno (melhor nome de sempre?) e com as meninas em piloto-automático, encantadas nos seus próprios feitiços mas sem o dom de enfeitiçar.
O lado B contraria toda a ideia de que as Pocahaunted tivessem estagnado nos seus próprios sonhos Apaches. Assombrado pela dolência dos blues mais desérticos projecta-se muito para além da realidade estanque, recorrendo a um saxofone afogado em delay em devaneios free-fantasmagóricos.Brilhante fractal que se projecta sobre o Grand Canyon. Depois da mera cordialidade ceremonial (como um casamento de um primo) se arrastar durante quinze minutos sem que se profetize qualquer devoção sincera, cabem aos treze minutos do seu segundo lado completar o ritual para que a besta que nós somos se liberte.
Bruno SilvaO lado A não se afigura como mais do que um mero remake do fabuloso Emerald Snake on Ruby Velvet (com Bobb Bruno), sem que se sinta o abismo reconfortante que este tão bem recriou, ou seja, sem a intervenção divina da Jamaica que habita no cérebro de Bobb Bruno (melhor nome de sempre?) e com as meninas em piloto-automático, encantadas nos seus próprios feitiços mas sem o dom de enfeitiçar.
O lado B contraria toda a ideia de que as Pocahaunted tivessem estagnado nos seus próprios sonhos Apaches. Assombrado pela dolência dos blues mais desérticos projecta-se muito para além da realidade estanque, recorrendo a um saxofone afogado em delay em devaneios free-fantasmagóricos.Brilhante fractal que se projecta sobre o Grand Canyon. Depois da mera cordialidade ceremonial (como um casamento de um primo) se arrastar durante quinze minutos sem que se profetize qualquer devoção sincera, cabem aos treze minutos do seu segundo lado completar o ritual para que a besta que nós somos se liberte.
celasdeathsquad@gmail.com
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