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O Amplifest ainda nem começou e já é o festival do ano
· 07 Set 2011 · 23:13 ·


Primeiro ponto: tudo é melhor no Porto. Isto é um facto histórico e indesmentível, desde os tempos em que era um mero Condado Portucalense até às Pega Monstro cantarem que as gajas de lá são mais giras. E as razões para que assim suceda são tão óbvias, são tão denunciadas, são tão batidas que nem vale a pena perdermos mais tempo e mais palavras com isso. Para o que interessa neste momento e até aos dias 29 e 30 de Outubro do ano da graça de 2011, tudo é melhor no Porto porque é a sede da Amplificasom. Segundo ponto: a Amplificasom é mentirosa. Ou isso, ou precisa, estranhamente, de um pouco mais de auto-estima, caso contrário não se designaria como uma pequena empresa. Nada na Amplificasom é pequeno. Antes enorme, antes AMPLIFICADO, como o é o seu gosto em termos musicais, que aqueles como nós (que outrora foram militantes acérrimos do ruído e hoje não se coíbem de encontrar valor em Justin Timberlake) adoram, sempre adoraram, não esquecem mesmo crescendo, amadurecendo, o que quiserem. Então, o terceiro ponto: este texto é uma massagem ao ego da Amplificasom. É uma devida e merecidíssima vénia considerando o que aí vem, para se juntar ao leque das bandas incríveis que pela sua mão já por cá passaram. É um lambe-botismo em forma de tentativa de piada e/ou vice-versa. É o anúncio do Amplifest, que no final do próximo mês vai levar ao Hard Club nomes como, leia-se bem, Jesu, Barn Owl, Bardo Pond ou Acid Mothers Temple. Tecnicamente isto não são "nomes"; são granadas. São rebentamentos. São riffs, são barbas e cabeleiras fartas, são electricidade em forma de droga. E são, igualmente e até agora - por ainda não estar fechado - um cartaz do caralho e possivelmente o melhor do ano. Para que a superioridade do Porto não esteja nunca em causa. Quem deu, afinal, o nome a Portugal?
Paulo Cecílio
pauloandrececilio@gmail.com

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