ENTREVISTAS
Natália Matos
Liberdade para sonhar
· 07 Abr 2015 · 23:50 ·
Fazer música ainda pode ser um acto de coragem. Nem que seja de coragem pessoal, biográfica se quiserem. A brasileira Natália Matos que o diga. Deixou para trás um emprego daqueles de universidade, de canudo, e abraçou o sonho de fazer música. O seu disco de estreia, lançado em 2014, dá-lhe a razão quando decidiu trocar a barra dos tribunais pelos microfones e pelas canções. Uma canção como "Cio", aquela que abre o seu belíssimo registo homónimo, entre a tradição e a modernidade, diz-nos que o seu talento não podia esperar nem mais um dia para sair cá para fora. E agora é ver Natália Matos juntar-se ao grupo de novos nomes brasileiros que fazem desta geração uma geração de ouro - pelo menos vista daqui. Para saber como se troca um emprego em arquitectura para abraçar a música, e com muitas outras perguntas atrás da orelha, falamos com Natália Matos na esperança de perceber melhor como chegou às canções do seu disco de estreia. E ficamos perfeitamente esclarecidos. Natália Matos. Decorem este nome; vão ouvir falar muito dele nos próximos tempos.
© Rogério Fernandes
És paraense mas passaste oito anos em São Paulo fazendo diversas coisas. O que me podes contar do que aprendeste durante esse tempo?
Aprendi a liberdade contraditória de se viver numa grande metrópole. O que foi eminente para a minha formação pessoal e artística. Assim como foram grandes os desafios do momento em que lá morei (dos 15 aos 23 anos de idade), muitas foram as possibilidades e oportunidades vividas. Dentre elas, poder acompanhar de perto a efervescência da cena musical independente no sudeste, estudar canto popular na Universidade Livre de Música Tom Jobim (atual Emesp), minha graduação em arquitectura e urbanismo, assim como trabalhar com exhibition design, área super interessante, porém poucos expandida para outros cantos do País.
Lançaste o teu disco de estreia em 2014. Como foi chegar até ele?
Eu deixei de lado o meu emprego como arquitecta para ingressar na música de forma inteira e profissional. Meu projecto de primeiro CD foi aprovado na lei de incentivo estadual do Pará, Lei Semear, e logo após foi seleccionado no edital Natura Musical Pará, que patrocinou o trabalho. Eu retornei à Belém em Julho de 2012, quando dei início à uma fase de construção desta nova vida dedicada à música. Apresentei alguns shows autorais, que serviram para o meu diálogo com a cena musical, para experimentação de repertório e sonoridades. Além de apresentar minhas primeiras composições e parcerias, fui atrás de importantes compositores, já antes admirados, para conhecer as suas actuais produções, que logo passariam pela minha selecção de músicas para o disco. Eu quis que a maioria de compositores a serem gravados fosse paraense. Mas queria agregar outras influencias estéticas, além das peculiaridades paraenses, à sonoridade final do trabalho. Para isso, preferi a parceria com à alguém de fora, que pudesse vê-las com outros olhos e me ajudar a traduzí-las de uma forma nova.
Fala-me um pouco das colaborações neste disco. Como é que ajudaram a construir o puzzle? Qual o papel de Guilherme Kastrup na construção do disco?
As colaborações existiram em todas as fases do processo. Desde os compositores que me receberam nas suas casas, que me mostraram suas novas produções; a banda carinhosamente escolhida por mim e pelo Kastrup, que deixou impressa nos arranjos a sua dedicação e entrega ao trabalho - se apropriando de um universo novo, que era aquele que eu havia trazido; as participações pontuais e muito especiais em várias faixas, que foram essenciais para a atmosfera de cada canção; e sobretudo a irretocável produção do disco, que diz respeito a tanta coisa, e tantos detalhes que o Guilherme dominou de forma tão profissional e ao mesmo tempo intuitiva e natural. Além do seu trabalho como incrível músico, ele fez um trabalho de edição surpreendente, que agigantou o som deste álbum, que também teve a acertada e mixagem do Victor Rice.
Li algures que este disco unia a "estranheza pop de São Paulo com o swing irresistível do Pará". é assim que sentes este disco?
Claro que podemos ir mais além, mas acho que esta definição do Marcelo Costa conseguiu expressar bem a estética do trabalho. O disco é realmente uma fusão destes dois mundos, e quis eu deixar evidente a minha influencia musical paraense, e logo, os ritmos e os compositores daqui. Mas para que não soasse óbvio, me cerquei de outras referências que tive por perto nos últimos anos.
As canções deste disco soam-me muito femininas, sensuais; falam de prazer, de amor, de paixão. Achas que este disco é um retrato fiel daquilo que és na vida real?
Acredito que o disco é o retrato de um momento, e dos caminhos escolhidos para expressar o tal. E talvez através dos temas tenha cumprido também a sua unidade (claro que somada a todo trabalho de construção musical encabeçada pelo Guilherme). Lembro que na finalização do disco eu perguntava para os meninos se eles achavam o disco solar ou lunar. E muito responderam que soava lunar, que era a minha resposta esperada. Eu tenho identificação pela noite, pela melancolia e pelo mistério que existe nessa atmosfera . Mas sei que ao mesmo tempo há algo que queima em tudo isso, e que faz este compêndio de coisas não soarem frias. E Talvez aí esteja expressa a minha natural característica paraense (amazónica), expansiva e talvez mais solar, quente e mais alegre.
Voltando um pouco atrás, como entra a música na tua vida?
Meus pais são admiradores das artes como um todo e sempre fizeram questão de que incentivar a presença delas no nosso quotidiano. Então durante a infância estudei piano, teatro, dança moderna. Enfim, de tudo um pouquinho. E a minha escolha pela música e pelo canto aconteceu de forma natural. Eu já cantava desde novinha. Mais tarde quis me aperfeiçoar estudando um pouco de canto popular, mas sempre deixei a música de escanteio. Até o momento em que ela se fez urgente e a escolhi para ser o meu novo grande norte. Isso vai fazer três anos.
Que momentos elegerias como os mais marcantes na tua carreira musical até agora?
A oportunidade de gravar meu primeiro CD por um projecto importante para a cena musical do país, que é o Natura Musical. Viver a experiência de dialogar com músicos experientes e autores de trabalhos que eu já admirava, e vê-los envolvidos com o meu trabalho, foi um enorme aprendizado e é, no mínimo, um grande incentivo. O encontro com o Zeca (Baleiro) foi também muito especial.
O que te entusiasma musicalmente no Brasil hoje em dia?
Ver a efervescência e a diversidade das cenas artísticas em vários estados o País e ter a possibilidade de diálogo directo entre elas é estimulante. O Brasil é muito grande e as nossas fronteiras parecem cada vez menores. E este momento, sem dúvida, permitiu que trabalhos de regiões de fora do eixo sul sudeste, ganhassem uma visibilidade maior, como aconteceu com o Pará recentemente. Mas a crise é mundial e, se antes dela os investimentos em cultura já eram mal distribuídos, agora os impactos são ainda maiores e para continuar produzindo nós devemos estar constantemente atrás de alternativas e meios que nos possibilitem avançar.
Estás neste momento a viver no Pará? Como é a cena musical da região?
O Pará, e Belém, minha cidade, é uma região muito musical, notória à qualquer visitante. E as produções aqui só aumentam desde o grande boom da cena paraense no Brasil, encabeçada pela Gaby amarantos, Felipe cordeiro, etc. E são muitos os estilos em que aqui se produzem, se misturam, se influenciam e se transformam o tempo todo. Hoje a gente vê a música de massa feita no Pará virando referência para o “mundo cult” e referência mundial. O tão falado tecnobrega levado pela Gaby Brasil a fora e o tecnomelody originado dele (que veio do brega anos 90, que tem influencia da jovem guarda e da guitarrada, que, por sua vez,vem da música caribenha e do carimbó), são os ritmos mais tocados das periferias de Belém. A Cena “cult” independente , fora as referências mais universais, hoje, se alimenta desta música de massa e assim como bebe dos ritmos tradicionais daqui, cada vez mais revisitados por novos artistas, como é o caso do Carimbó. Acredito que até os artistas com sonoridade mais pop e eletrônica, como o caso da banda Strobo, fazem questão de evidenciar o swing e a influência dos ritmos peculiares da nossa região. É evidente e gratificante ver que estes ritmos passaram a ser conhecidos e presentes em produções das cenas de outras regiões, como a de São Paulo, por exemplo.
O que fazes quando não estás a fazer música?
Talvez esteja imersa em outras funções necessárias para que a minha música exista. Desde a criação e alimentação do meu site e redes sociais, o desenvolvimento de projectos para editais, a produção dos meus shows mais intimistas, criação de peças gráficas, etc. Mas no que não diz respeito à carreira musical, no meu tempo de lazer estou com meu marido, com amigos e família, que agora está perto, visto que estou em Belém. E também gosto de desenhar, de ler, ir ao cinema, tomar um bom tacacá, comer do outro lado do rio...
Dar o salto para a Europa e mostrar por cá o teu trabalho é um objectivo para cumprir brevemente? Nomeadamente Portugal?
Hoje, querendo ou não, nós fazemos música para o mundo, e fico muito feliz da minha música chegar à outros países. Poder levar meu trabalho a Europa é entusiasmante, e começar por Portugal é melhor ainda, visto que é grande e já bastante falada a produção musical portuguesa actual. Acredito que o diálogo entre estes dois países, já facilitado pela língua, merece ser reforçado e pode dar bons frutos.
Conheces alguma música portuguesa?
Conheço pouco da música portuguesa. Meus pais gostavam muito de Madredeus e eu conheço o trabalho da Tereza Salgueiro, do Deolinda, Buraka Som Sistema, a colaboração do membro português, Fred, na Banda do Mar e no disco do Wado, e a Rita Redshoes, que conheci pelo Gui amabis, produtor do seu ultimo disco.
Achas que demorarás muito tempo a lançar um segundo disco de originais?
Espero conseguir produzir material e viabilizar a execução de um disco a ser lançado no início de 2017. Pretendo focar um pouco mais no meu trabalho como compositora que, aperfeiçoar o exercício de me expressar também através de melodias, letras e parcerias. Hoje eu penso em fazer um trabalho mais enxuto, mas que mantenha esta veia latente, que mistura a melancolia, a alegria, a tranquilidade e o caos do nosso lado de dentro.
André GomesAprendi a liberdade contraditória de se viver numa grande metrópole. O que foi eminente para a minha formação pessoal e artística. Assim como foram grandes os desafios do momento em que lá morei (dos 15 aos 23 anos de idade), muitas foram as possibilidades e oportunidades vividas. Dentre elas, poder acompanhar de perto a efervescência da cena musical independente no sudeste, estudar canto popular na Universidade Livre de Música Tom Jobim (atual Emesp), minha graduação em arquitectura e urbanismo, assim como trabalhar com exhibition design, área super interessante, porém poucos expandida para outros cantos do País.
Lançaste o teu disco de estreia em 2014. Como foi chegar até ele?
Eu deixei de lado o meu emprego como arquitecta para ingressar na música de forma inteira e profissional. Meu projecto de primeiro CD foi aprovado na lei de incentivo estadual do Pará, Lei Semear, e logo após foi seleccionado no edital Natura Musical Pará, que patrocinou o trabalho. Eu retornei à Belém em Julho de 2012, quando dei início à uma fase de construção desta nova vida dedicada à música. Apresentei alguns shows autorais, que serviram para o meu diálogo com a cena musical, para experimentação de repertório e sonoridades. Além de apresentar minhas primeiras composições e parcerias, fui atrás de importantes compositores, já antes admirados, para conhecer as suas actuais produções, que logo passariam pela minha selecção de músicas para o disco. Eu quis que a maioria de compositores a serem gravados fosse paraense. Mas queria agregar outras influencias estéticas, além das peculiaridades paraenses, à sonoridade final do trabalho. Para isso, preferi a parceria com à alguém de fora, que pudesse vê-las com outros olhos e me ajudar a traduzí-las de uma forma nova.
Fala-me um pouco das colaborações neste disco. Como é que ajudaram a construir o puzzle? Qual o papel de Guilherme Kastrup na construção do disco?
As colaborações existiram em todas as fases do processo. Desde os compositores que me receberam nas suas casas, que me mostraram suas novas produções; a banda carinhosamente escolhida por mim e pelo Kastrup, que deixou impressa nos arranjos a sua dedicação e entrega ao trabalho - se apropriando de um universo novo, que era aquele que eu havia trazido; as participações pontuais e muito especiais em várias faixas, que foram essenciais para a atmosfera de cada canção; e sobretudo a irretocável produção do disco, que diz respeito a tanta coisa, e tantos detalhes que o Guilherme dominou de forma tão profissional e ao mesmo tempo intuitiva e natural. Além do seu trabalho como incrível músico, ele fez um trabalho de edição surpreendente, que agigantou o som deste álbum, que também teve a acertada e mixagem do Victor Rice.
© Rogério Fernandes
Li algures que este disco unia a "estranheza pop de São Paulo com o swing irresistível do Pará". é assim que sentes este disco?
Claro que podemos ir mais além, mas acho que esta definição do Marcelo Costa conseguiu expressar bem a estética do trabalho. O disco é realmente uma fusão destes dois mundos, e quis eu deixar evidente a minha influencia musical paraense, e logo, os ritmos e os compositores daqui. Mas para que não soasse óbvio, me cerquei de outras referências que tive por perto nos últimos anos.
As canções deste disco soam-me muito femininas, sensuais; falam de prazer, de amor, de paixão. Achas que este disco é um retrato fiel daquilo que és na vida real?
Acredito que o disco é o retrato de um momento, e dos caminhos escolhidos para expressar o tal. E talvez através dos temas tenha cumprido também a sua unidade (claro que somada a todo trabalho de construção musical encabeçada pelo Guilherme). Lembro que na finalização do disco eu perguntava para os meninos se eles achavam o disco solar ou lunar. E muito responderam que soava lunar, que era a minha resposta esperada. Eu tenho identificação pela noite, pela melancolia e pelo mistério que existe nessa atmosfera . Mas sei que ao mesmo tempo há algo que queima em tudo isso, e que faz este compêndio de coisas não soarem frias. E Talvez aí esteja expressa a minha natural característica paraense (amazónica), expansiva e talvez mais solar, quente e mais alegre.
Voltando um pouco atrás, como entra a música na tua vida?
Meus pais são admiradores das artes como um todo e sempre fizeram questão de que incentivar a presença delas no nosso quotidiano. Então durante a infância estudei piano, teatro, dança moderna. Enfim, de tudo um pouquinho. E a minha escolha pela música e pelo canto aconteceu de forma natural. Eu já cantava desde novinha. Mais tarde quis me aperfeiçoar estudando um pouco de canto popular, mas sempre deixei a música de escanteio. Até o momento em que ela se fez urgente e a escolhi para ser o meu novo grande norte. Isso vai fazer três anos.
Que momentos elegerias como os mais marcantes na tua carreira musical até agora?
A oportunidade de gravar meu primeiro CD por um projecto importante para a cena musical do país, que é o Natura Musical. Viver a experiência de dialogar com músicos experientes e autores de trabalhos que eu já admirava, e vê-los envolvidos com o meu trabalho, foi um enorme aprendizado e é, no mínimo, um grande incentivo. O encontro com o Zeca (Baleiro) foi também muito especial.
O que te entusiasma musicalmente no Brasil hoje em dia?
Ver a efervescência e a diversidade das cenas artísticas em vários estados o País e ter a possibilidade de diálogo directo entre elas é estimulante. O Brasil é muito grande e as nossas fronteiras parecem cada vez menores. E este momento, sem dúvida, permitiu que trabalhos de regiões de fora do eixo sul sudeste, ganhassem uma visibilidade maior, como aconteceu com o Pará recentemente. Mas a crise é mundial e, se antes dela os investimentos em cultura já eram mal distribuídos, agora os impactos são ainda maiores e para continuar produzindo nós devemos estar constantemente atrás de alternativas e meios que nos possibilitem avançar.
© Rogério Fernandes
Estás neste momento a viver no Pará? Como é a cena musical da região?
O Pará, e Belém, minha cidade, é uma região muito musical, notória à qualquer visitante. E as produções aqui só aumentam desde o grande boom da cena paraense no Brasil, encabeçada pela Gaby amarantos, Felipe cordeiro, etc. E são muitos os estilos em que aqui se produzem, se misturam, se influenciam e se transformam o tempo todo. Hoje a gente vê a música de massa feita no Pará virando referência para o “mundo cult” e referência mundial. O tão falado tecnobrega levado pela Gaby Brasil a fora e o tecnomelody originado dele (que veio do brega anos 90, que tem influencia da jovem guarda e da guitarrada, que, por sua vez,vem da música caribenha e do carimbó), são os ritmos mais tocados das periferias de Belém. A Cena “cult” independente , fora as referências mais universais, hoje, se alimenta desta música de massa e assim como bebe dos ritmos tradicionais daqui, cada vez mais revisitados por novos artistas, como é o caso do Carimbó. Acredito que até os artistas com sonoridade mais pop e eletrônica, como o caso da banda Strobo, fazem questão de evidenciar o swing e a influência dos ritmos peculiares da nossa região. É evidente e gratificante ver que estes ritmos passaram a ser conhecidos e presentes em produções das cenas de outras regiões, como a de São Paulo, por exemplo.
O que fazes quando não estás a fazer música?
Talvez esteja imersa em outras funções necessárias para que a minha música exista. Desde a criação e alimentação do meu site e redes sociais, o desenvolvimento de projectos para editais, a produção dos meus shows mais intimistas, criação de peças gráficas, etc. Mas no que não diz respeito à carreira musical, no meu tempo de lazer estou com meu marido, com amigos e família, que agora está perto, visto que estou em Belém. E também gosto de desenhar, de ler, ir ao cinema, tomar um bom tacacá, comer do outro lado do rio...
Dar o salto para a Europa e mostrar por cá o teu trabalho é um objectivo para cumprir brevemente? Nomeadamente Portugal?
Hoje, querendo ou não, nós fazemos música para o mundo, e fico muito feliz da minha música chegar à outros países. Poder levar meu trabalho a Europa é entusiasmante, e começar por Portugal é melhor ainda, visto que é grande e já bastante falada a produção musical portuguesa actual. Acredito que o diálogo entre estes dois países, já facilitado pela língua, merece ser reforçado e pode dar bons frutos.
Conheces alguma música portuguesa?
Conheço pouco da música portuguesa. Meus pais gostavam muito de Madredeus e eu conheço o trabalho da Tereza Salgueiro, do Deolinda, Buraka Som Sistema, a colaboração do membro português, Fred, na Banda do Mar e no disco do Wado, e a Rita Redshoes, que conheci pelo Gui amabis, produtor do seu ultimo disco.
Achas que demorarás muito tempo a lançar um segundo disco de originais?
Espero conseguir produzir material e viabilizar a execução de um disco a ser lançado no início de 2017. Pretendo focar um pouco mais no meu trabalho como compositora que, aperfeiçoar o exercício de me expressar também através de melodias, letras e parcerias. Hoje eu penso em fazer um trabalho mais enxuto, mas que mantenha esta veia latente, que mistura a melancolia, a alegria, a tranquilidade e o caos do nosso lado de dentro.
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