ENTREVISTAS
Long Way to Alaska
De Braga, com amor
· 16 Nov 2009 · 00:55 ·
© Joana Castelo
Nesta fase embrionária, para que não ficasse nada ao acaso, convidamos os Long Way to Alaska a saírem de casa, em direcção à luz, e nesta entrevista é também possível ver os resultados dessa sessão fotográfica “encomendada”. Joana Castelo acompanhou os bracarenses numa expedição até ao Alasca e de lá voltou com retratos de um futuro próximo para a música portuguesa. Gil Oliveira, ao Bodyspace, não quis traçar planos nem fazer futurologia, mas não negou em nada os propósitos desta expedição que abraça a folk e a pop. No EP de estreia, os Long Way to Alaska parecem querer desafiar Leonard Cohen e a sua pedra de toque Songs of Love and Hate: aqui, por enquanto, é só amor.
De repente começamos a ouvir falar dos Long Way to Alaska. Para vocês foi tão rápido aparecer como foi para nós rápido ver os Long Way to Alaska aparecerem?
Sim, para nós foi igualmente rápido. Não estávamos a contar uma aceitação tão rápida a partir do momento em que começamos a divulgar o primeiro EP.
E como é que nasce esse primeiro EP? Tanto quanto sei os projectos em que trabalharam anteriormente distanciam-se e muito deste novo projecto...
Sim, a verdade é que este é um rumo algo inédito para todos nós até à data. O EP surge de uns quantos ensaios que com o tempo se tornaram regulares. Fomos acrescentando melodias e instrumentos e ao fim de um par de meses percebemos que tínhamos material para editar uma coisa catita. E assim surgiu o EP.
Mas o que nos podes contar desses tempos passados e outros projectos?
Eu, o Gonçalo e o Nuno começamos cedinho a tocar juntos. Tivemos um ou outro projecto rock, mas nada sério. Mais tarde eu e o Gonçalo tocamos em Legend Of Man, que se pode dizer que já foi algo mais sério, entretanto terminamos também. O Lucas desde cedo também manteve projectos dentro do hardcore, mas infelizmente nunca saíram da garagem. Mais tarde a ideia de Long Way To Alaska surge do Nuno e do Lucas. Escreveram algumas músicas e chegaram a estar disponíveis no myspace. Entretanto acharam que seria interessante dinamizar o projecto e foi quando me "convidaram" a mim e ao Gonçalo para nos juntarmos à banda.
Mas esta sensibilidade quase pop quase folk que ouvimos no EP, como nasce? Foste tu e o Gonçalo que trouxeram esse lado?
Não, nunca fomos fechados a nenhum estilo musical. Daí termos tido o enorme gosto de fazer algo fora do rock e do peso a que estávamos habituados a tocar e a compor. O Nuno e o Lucas quando iniciaram o projecto, foi sem dúvida sob a influência de alguns artistas do pop/folk. Eu e o Gonçalo trouxemos mais algumas influências, umas mais ou menos, dentro desta onda "intimista" e "acústica".
Foi fácil apurar este sentido estético que ouvimos no EP? Essa onda intimista e acústica?
Sim. Foi algo que soou naturalmente ao fim dos primeiros ensaios. Sabíamos que o nosso som passaria por aí, desde o início. Esta onda intimista poderá provir da relação já longa de amizade que mantemos. No fundo, todos nós partilhamos dos mesmos gostos musicais. Já sabemos qual é a estética e a corrente que queremos tocar, por isso torna-se fácil compor entre nós.
Dessa confluência de vontades nasceu então o vosso primeiro EP. Como foi gravá-lo, apurar estas canções para mostrá-las ao público?
Infelizmente gravamos sob alguma pressão e ao mesmo tempo havia temas que não estavam completamente preparados. Para além disso, o objectivo era gravarmos mais do que os 4 temas do EP.
Pressionaram-se vocês mesmos?
Para gravar algo com qualidade o quanto antes, sim! Mas o tempo que tínhamos disponível para o fazer é que foi escasso. Como tudo, se fosse agora faríamos uma ou outra coisa de maneira diferente... mas julgo ser normal este sentimento.
Mas não se justificava então o lançamento já de um álbum, ou não querem ter essa pressa toda?
Não, porque para já o ritmo de ensaios que temos é impossível escrever algo em condições. Na altura, a ideia de gravar nem foi a pensar no lançamento de um EP, o objectivo seria termos um registo áudio com qualidade. Fazer a primeira Demo da banda. Consequentemente, o feedback foi muito superior àquilo que estamos a contar... Aliás, a gravação do EP já foi feita no princípio do mês de Julho. Só voltamos a pegar no trabalho mais tarde, quase em Outubro, para fazer a mistura. Nesta fase tivemos o apoio de um amigo, o Carlos Casaleiro, que tinha condições para fazer este tipo de trabalhos. Juntamente comigo, trabalhamos a mistura e produção dos 4 temas.
Há mais canções escritas para além das 4 do EP?
Sim, para além das 4 do EP temos mais 3 temas prontinhos para tocar ao vivo. Depois temos outros quantos que ainda têm de ser trabalhados...
Esse feedback de que me falavas, mudou alguma coisa para vocês? Passaram a olhar para os Long Way to Alaska como uma aposta mais séria?
Esse feedback motivou-nos ainda mais para mostrar e fazer melhor. Agora, não mudou os nossos princípios em relação ao projecto. Já olhávamos para ele de uma forma séria.
E o Fua, da Lovers & Lollypops, empurrou um bocadinho mais a coisa?
O Fua deu o pontapé de saída no que toca à divulgação da banda! E estamos agradecidos como é óbvio! [risos]
Tanto quanto sei o vosso disco vai mesmo ter o selo da Lovers, e vai sair em breve. Que expectativas têm com esse lançamento? Que chegue a muita gente?
O nosso objectivo seria chegar ao Alaska. [risos] Sim, este disco terá o selo da Lovers & Lollypops, e nesta primeira fase seria bom divulgar o nome e trabalho da banda para que daí venham concertos e novos desafios. Queremos tocar ao vivo, até porque precisamos de ganhar algum calejo e "estaleca", por outro lado vai ser bom para o pessoal terem a possibilidade de ter um registo discográfico nosso para ouvir em casa. Se as coisas correrem bem, quem sabe um álbum dentro em breve... Esperamos assim ver o nosso trabalho recompensado em ambientes externos à banda, já que o principal objectivo passa pela satisfação no seio da mesma, e essa está presente desde o primeiro dia.
Agora, tanto quanto sei, as coisas passam por preparar os concertos ao vivo. Segundo sei será a primeira vez. No Cafe au Lait, no Porto, e a abrir para a Scout Niblett. Como estão esses preparativos?
Para já estão a correr bem, apesar de que estamos um pouco limitados a nível de tempo. Não temos ensaiado tanto como desejaríamos, mas lá vamos conseguindo conciliar o facto de estudarmos em cidades diferentes.
Mas como estão a correr os ensaios? É fácil passar o disco para os concertos, por aquilo que estão a ver?
Pois, não é fácil mas também não é difícil... [risos] A “Laught Light and Love”, por exemplo, está bem mais elaborada na gravação, ao vivo não temos "músicos" suficientes para fazer todos os instrumentos, neste caso temos uma versão menos elaborada da mesma. Uma versão de concerto, se é que se pode chamar... Em relação ao resto do material, trabalhamos muito com loops, o que facilita a sobreposição de outros instrumentos. Por isso, tirando o tema que referi, o que está no disco é o que vamos fazer ao vivo, mais afinado ou menos afinado... [risos]
Já têm concertos marcados... Isto está a acontecer demasiado rápido para vocês?
Os concertos não, está na hora de os fazer. E não queremos adiar, preferimos arriscar precisamente para começar bem cedinho a trabalhar a sério e a ganhar calejo. Em relação ao resto, e quando digo resto refiro-me ao feedback que tivemos da Bodyspace, Henrique Amaro, etc., sem dúvida que está a acontecer muito rápido para nós. Como referi no início da entrevista, nunca contamos com "isto tudo", ou pelo menos que fosse tão imediata a resposta...
Mas agora que isto chegou não vão passar a oportunidade...
Not!
Há alguma banda ou algum circuito que vos inspire especialmente neste momento?
Há claro, alguns nomes como Fleet Foxes, Bon Iver, Andrew Bird, J. Tillman, Fionn Regan, sei lá... Tantas... Nunca mais ia sair daqui...
E alguma coisa que odeiem profundamente? Alguma coisa pela qual valesse a pena lutar contra? Podem criar aqui já um ódio de estimação se quiserem, ou comprar uma guerra com alguém da nossa praça...
[risos] Mas na tanga ou a sério?
Como vos der melhor...
Pá, eu pessoalmente odeio muita coisa. Agora esta banda não odeia nada, é só amor, por isso vamos ser cocós e não entrar por aí...
Diriam então que os Long Way to Alasks são uma banda de amor?
Para já sim... até ver!
Se pudessem não ter nascido nos anos 00 em que década gostariam de ter começado com os long Way to Alaska?
Boa pergunta... Musicalmente acho que surgimos na década ideal, começa-se de novo a inovar o folk... é giro soar a "antiguinho modernizado", não sei se me entendes...
Assumem esse papel?
Não queremos assummmmmmiiiiiiir esse papel, mas algumas ideias musicais têm partido daí de forma inconsciente...
Fala-me da “Bad Bears”. É uma canção especial para vocês? Sinto que é a canção mais forte das 4 do EP...
Ora bem, não a sentimos como a mais forte... mas foi a primeira a ser composta a par da “Laugh Light and Love”. Sem dúvida que temos um carinho especial por ela, aliás foi um bocado daí que nasceram os Long Way To Alaska. E neste tema o Nuno está de parabéns, porque partiu inteiramente dele o tema. O resto da malta só fez uns arranjos...
E quem é que se está afinal a esconder e a fugir do urso? Como anda essa imaginação?
Ora bem, deixa-me fazer só uma chamada para o Nuno e já te respondo...
Não será necessário tanto…
[risos] Segundo ele, essa ideia surgiu quando esteve durante uns dias em repouso em sua casa após uma operação, e como se sentia "preso" em casa lembrou-se de que tal como o salmão foge do urso, ele também queria sair de casa e não podia... mais coisa menos coisa. No fundo as letras podem ter várias interpretações, mas eu não sou definitivamente a pessoa indicada para falar nelas...
Foi mais ou menos daí que saiu a vossa sinopse, digamos assim?
Sim, a ideia da banda, dos Long Way To Aalaska começou a construir-se com esses dois primeiros temas.
E como gostarias de escrever a vossa biografia em retrospectiva um dia, no final desta aventura?
Uma página de cada vez. Cada uma cheia de estórias e a certeza que tudo valeu a pena. [risos]
André GomesSim, para nós foi igualmente rápido. Não estávamos a contar uma aceitação tão rápida a partir do momento em que começamos a divulgar o primeiro EP.
E como é que nasce esse primeiro EP? Tanto quanto sei os projectos em que trabalharam anteriormente distanciam-se e muito deste novo projecto...
Sim, a verdade é que este é um rumo algo inédito para todos nós até à data. O EP surge de uns quantos ensaios que com o tempo se tornaram regulares. Fomos acrescentando melodias e instrumentos e ao fim de um par de meses percebemos que tínhamos material para editar uma coisa catita. E assim surgiu o EP.
Mas o que nos podes contar desses tempos passados e outros projectos?
Eu, o Gonçalo e o Nuno começamos cedinho a tocar juntos. Tivemos um ou outro projecto rock, mas nada sério. Mais tarde eu e o Gonçalo tocamos em Legend Of Man, que se pode dizer que já foi algo mais sério, entretanto terminamos também. O Lucas desde cedo também manteve projectos dentro do hardcore, mas infelizmente nunca saíram da garagem. Mais tarde a ideia de Long Way To Alaska surge do Nuno e do Lucas. Escreveram algumas músicas e chegaram a estar disponíveis no myspace. Entretanto acharam que seria interessante dinamizar o projecto e foi quando me "convidaram" a mim e ao Gonçalo para nos juntarmos à banda.
Mas esta sensibilidade quase pop quase folk que ouvimos no EP, como nasce? Foste tu e o Gonçalo que trouxeram esse lado?
Não, nunca fomos fechados a nenhum estilo musical. Daí termos tido o enorme gosto de fazer algo fora do rock e do peso a que estávamos habituados a tocar e a compor. O Nuno e o Lucas quando iniciaram o projecto, foi sem dúvida sob a influência de alguns artistas do pop/folk. Eu e o Gonçalo trouxemos mais algumas influências, umas mais ou menos, dentro desta onda "intimista" e "acústica".
Foi fácil apurar este sentido estético que ouvimos no EP? Essa onda intimista e acústica?
Sim. Foi algo que soou naturalmente ao fim dos primeiros ensaios. Sabíamos que o nosso som passaria por aí, desde o início. Esta onda intimista poderá provir da relação já longa de amizade que mantemos. No fundo, todos nós partilhamos dos mesmos gostos musicais. Já sabemos qual é a estética e a corrente que queremos tocar, por isso torna-se fácil compor entre nós.
Dessa confluência de vontades nasceu então o vosso primeiro EP. Como foi gravá-lo, apurar estas canções para mostrá-las ao público?
Infelizmente gravamos sob alguma pressão e ao mesmo tempo havia temas que não estavam completamente preparados. Para além disso, o objectivo era gravarmos mais do que os 4 temas do EP.
Pressionaram-se vocês mesmos?
Para gravar algo com qualidade o quanto antes, sim! Mas o tempo que tínhamos disponível para o fazer é que foi escasso. Como tudo, se fosse agora faríamos uma ou outra coisa de maneira diferente... mas julgo ser normal este sentimento.
© Joana Castelo |
Mas não se justificava então o lançamento já de um álbum, ou não querem ter essa pressa toda?
Não, porque para já o ritmo de ensaios que temos é impossível escrever algo em condições. Na altura, a ideia de gravar nem foi a pensar no lançamento de um EP, o objectivo seria termos um registo áudio com qualidade. Fazer a primeira Demo da banda. Consequentemente, o feedback foi muito superior àquilo que estamos a contar... Aliás, a gravação do EP já foi feita no princípio do mês de Julho. Só voltamos a pegar no trabalho mais tarde, quase em Outubro, para fazer a mistura. Nesta fase tivemos o apoio de um amigo, o Carlos Casaleiro, que tinha condições para fazer este tipo de trabalhos. Juntamente comigo, trabalhamos a mistura e produção dos 4 temas.
Há mais canções escritas para além das 4 do EP?
Sim, para além das 4 do EP temos mais 3 temas prontinhos para tocar ao vivo. Depois temos outros quantos que ainda têm de ser trabalhados...
Esse feedback de que me falavas, mudou alguma coisa para vocês? Passaram a olhar para os Long Way to Alaska como uma aposta mais séria?
Esse feedback motivou-nos ainda mais para mostrar e fazer melhor. Agora, não mudou os nossos princípios em relação ao projecto. Já olhávamos para ele de uma forma séria.
E o Fua, da Lovers & Lollypops, empurrou um bocadinho mais a coisa?
O Fua deu o pontapé de saída no que toca à divulgação da banda! E estamos agradecidos como é óbvio! [risos]
Tanto quanto sei o vosso disco vai mesmo ter o selo da Lovers, e vai sair em breve. Que expectativas têm com esse lançamento? Que chegue a muita gente?
O nosso objectivo seria chegar ao Alaska. [risos] Sim, este disco terá o selo da Lovers & Lollypops, e nesta primeira fase seria bom divulgar o nome e trabalho da banda para que daí venham concertos e novos desafios. Queremos tocar ao vivo, até porque precisamos de ganhar algum calejo e "estaleca", por outro lado vai ser bom para o pessoal terem a possibilidade de ter um registo discográfico nosso para ouvir em casa. Se as coisas correrem bem, quem sabe um álbum dentro em breve... Esperamos assim ver o nosso trabalho recompensado em ambientes externos à banda, já que o principal objectivo passa pela satisfação no seio da mesma, e essa está presente desde o primeiro dia.
Agora, tanto quanto sei, as coisas passam por preparar os concertos ao vivo. Segundo sei será a primeira vez. No Cafe au Lait, no Porto, e a abrir para a Scout Niblett. Como estão esses preparativos?
Para já estão a correr bem, apesar de que estamos um pouco limitados a nível de tempo. Não temos ensaiado tanto como desejaríamos, mas lá vamos conseguindo conciliar o facto de estudarmos em cidades diferentes.
Mas como estão a correr os ensaios? É fácil passar o disco para os concertos, por aquilo que estão a ver?
Pois, não é fácil mas também não é difícil... [risos] A “Laught Light and Love”, por exemplo, está bem mais elaborada na gravação, ao vivo não temos "músicos" suficientes para fazer todos os instrumentos, neste caso temos uma versão menos elaborada da mesma. Uma versão de concerto, se é que se pode chamar... Em relação ao resto do material, trabalhamos muito com loops, o que facilita a sobreposição de outros instrumentos. Por isso, tirando o tema que referi, o que está no disco é o que vamos fazer ao vivo, mais afinado ou menos afinado... [risos]
Já têm concertos marcados... Isto está a acontecer demasiado rápido para vocês?
Os concertos não, está na hora de os fazer. E não queremos adiar, preferimos arriscar precisamente para começar bem cedinho a trabalhar a sério e a ganhar calejo. Em relação ao resto, e quando digo resto refiro-me ao feedback que tivemos da Bodyspace, Henrique Amaro, etc., sem dúvida que está a acontecer muito rápido para nós. Como referi no início da entrevista, nunca contamos com "isto tudo", ou pelo menos que fosse tão imediata a resposta...
© Joana Castelo |
Mas agora que isto chegou não vão passar a oportunidade...
Not!
Há alguma banda ou algum circuito que vos inspire especialmente neste momento?
Há claro, alguns nomes como Fleet Foxes, Bon Iver, Andrew Bird, J. Tillman, Fionn Regan, sei lá... Tantas... Nunca mais ia sair daqui...
E alguma coisa que odeiem profundamente? Alguma coisa pela qual valesse a pena lutar contra? Podem criar aqui já um ódio de estimação se quiserem, ou comprar uma guerra com alguém da nossa praça...
[risos] Mas na tanga ou a sério?
Como vos der melhor...
Pá, eu pessoalmente odeio muita coisa. Agora esta banda não odeia nada, é só amor, por isso vamos ser cocós e não entrar por aí...
Diriam então que os Long Way to Alasks são uma banda de amor?
Para já sim... até ver!
Se pudessem não ter nascido nos anos 00 em que década gostariam de ter começado com os long Way to Alaska?
Boa pergunta... Musicalmente acho que surgimos na década ideal, começa-se de novo a inovar o folk... é giro soar a "antiguinho modernizado", não sei se me entendes...
Assumem esse papel?
Não queremos assummmmmmiiiiiiir esse papel, mas algumas ideias musicais têm partido daí de forma inconsciente...
Fala-me da “Bad Bears”. É uma canção especial para vocês? Sinto que é a canção mais forte das 4 do EP...
Ora bem, não a sentimos como a mais forte... mas foi a primeira a ser composta a par da “Laugh Light and Love”. Sem dúvida que temos um carinho especial por ela, aliás foi um bocado daí que nasceram os Long Way To Alaska. E neste tema o Nuno está de parabéns, porque partiu inteiramente dele o tema. O resto da malta só fez uns arranjos...
E quem é que se está afinal a esconder e a fugir do urso? Como anda essa imaginação?
Ora bem, deixa-me fazer só uma chamada para o Nuno e já te respondo...
Não será necessário tanto…
[risos] Segundo ele, essa ideia surgiu quando esteve durante uns dias em repouso em sua casa após uma operação, e como se sentia "preso" em casa lembrou-se de que tal como o salmão foge do urso, ele também queria sair de casa e não podia... mais coisa menos coisa. No fundo as letras podem ter várias interpretações, mas eu não sou definitivamente a pessoa indicada para falar nelas...
Foi mais ou menos daí que saiu a vossa sinopse, digamos assim?
Sim, a ideia da banda, dos Long Way To Aalaska começou a construir-se com esses dois primeiros temas.
E como gostarias de escrever a vossa biografia em retrospectiva um dia, no final desta aventura?
Uma página de cada vez. Cada uma cheia de estórias e a certeza que tudo valeu a pena. [risos]
andregomes@bodyspace.net
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