Top 2010 · Top Portugueses 2010 · Topes Individuais · Momentos 2010 · Topes Ilustres
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| © Teresa Ribeiro |
André Gomes

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Porque é o meu disco do ano, assistir à confirmação e reconhecimento de Ariel Pink’s Haunted Graffiti enquanto escritor de canções maior. O enorme concerto que deu no Plano B, no Porto. |
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Thee Oh Sees no Plano B ou o melhor concerto de róquénróle que vi este ano; nessa noite, enfiaram os No Age num bolso. Foi um ownanço deveras memorável. |
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Descobrir o prazer de trocar discos nos pratos do Café au Lait, um sítio de eleição no Porto para ouvir, ver e consumir música. |
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As duas festas Bodyspace na rentrée, em Setembro, ou o arrancar do ano que verdadeiramente conta em grande celebração. |
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Ir ver os !!! ao Sá da Bandeira no Porto para perceber que o que ali se ia passar seria uma espécie de festa privada com pouco mais de 100 pessoas coladas ao palco. |
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O ambiente de um festival como o Milhões de Festa, em Barcelos, mesmo que só lá tenha passado umas breves horas – que incluíram o concerto de El Guincho. |
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As cinco melhores canções do ano: “Sun” de Caribou, “All to All” dos Broken Social Scene, “Round and Round” de Ariel Pink’s Haunted Graffiti, “Killemall” dos Menomena e "The Gaudy Side Of Town" de Gayngs. |
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A Videoteca do Bodyspace, o trabalho e o prazer que proporciona, as pequenas histórias de “produção”, algumas aventuras mais imprevistas (um obrigado sincero a todos que têm colaborado). |
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O avolumar de uma colecção de vinil que aumenta a olhos vistos, as histórias que a compra de cada um deles proporciona. |
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A música que se ouve em companhia de amigos: a melhor de todas. |
Bruno Silva
Tem dias
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Horas infindáveis de ouvidos na Rinse.fm. Destaque para o essencial Marcus Nasty, que parece ter recuperado a vitalidade dos sets circa 2008 na Dejá Vu, além de ressalvas para a revelação dos Ill Blu numa condição que não a de remisturadores/produtores e para uma recta final esfuziante dos Funkystepz. Nomes maiores de uma rádio que conquistou este ano (o merecido) estatuto legal mas, mais do que isso, foi porta-estandarte daquilo que melhor se vai fazendo pela Britannia mais urbana. Mais do que qualquer álbum, foi aqui que os meus ouvidos mais se deteram ao longo do ano. A amealhar momentos, continuamente. |
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Ainda num comprimento de onda similar, é obrigatório salientar o ano incrível da recentíssima Night Slugs. Assumindo-se como a editora mais entusiasmante da actualidade, graças a uma meia-dúzia de ep's e singles indispensáveis. "Wut" pode muito bem ter sido o hino de que todos falam, mas com registos como Night Skanker, That Mystic ou The Velvet Collection no catálogo, são muitos os pontos de interesse para a editora de Bok Bok e L-Vis 1900. Um álbum-compilação intitulado Night Slugs Allstars a encerrar este primeiro ano de actividade não se trata de um preciosismo, antes um atestado de qualidade generalizado. |
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Três nomes singulares em três concertos inesquecíveis. Bill Orcutt no Museu do Chiado a mostrar porque é New Ways To Pay Old Debts (reeditado recentemente ne eMego) o disco de guitarra mais importante desde, sei lá, Ballads?. Vítor Lopes ao entardecer em Leiria. Entre a imponência cheesy de um desastre arquitectónico do futurismo anos 80 e a discrição da relva, 'Crawfish' popularizada pelo Elvis transmutou-se num glorioso momento a tudo aquilo que de mais envolvente pode existir escondido pela sombra do psicadelismo estático e amealhando décadas de música como se fosse a coisa mais natural que existe. Daniel Higgs na Galeria Zé dos Bois a revelar uma figura tão austera quanto afável. Uma presença tão intrigante quanto o fascínio que exerce, numa música sem tempo nem local que, por acaso, pairou por ali um destes dias. |
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Numa altura em que a apelidada música exploratória parece ter definhado um pouco, importa salientar dois nomes mais ou menos recém-chegados/reconvertidos ao solo. Filipe Felizardo, um pouco por todo o lado, mas, mais do que tudo por aquele final de tarde na Leitaria Camponesa. Carlos Nascimento por Blackmass e mais uma catrefada de razões para não temer a música de sintetizadores. Em comum, um enorme obrigado da minha parte pela partilha de momentos tão bonitos. Respect. |
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O que parece estar a ser um mal-estar geral na música mais far out. Além de alguns suspeitos do costume (Excepter, Chris Corsano ou James Ferraro), apenas tudo aquilo que Bee Mask tem vindo a fazer e um "regresso" glorioso do Keith Fullerton Whitman se elevaram muito além da mediania. |
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Num ano parco em álbuns memoráveis, é impossível não destacar Ayobaness! enquanto mostruário da melhor música "dançável" do agora, naquele foi, sem grandes dúvidas o melhor disco que ouvi em 2010, e Shangaan Electro por perpetuar uma cultura ancestral sem enviesar pelo pastiche pós-moderno. Razões de sobra para olhar carinhosamente para a África do Sul, depois de um Mundial decepcionante. |
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Um óptimo ano para as canções. Maioritariamente vindas do espectro da UK Funky : "Kiss me There" e "I Can't Move" pelo Screama com a Farah; remisturas de Ill Blu para "Good Times", "Parachute" ou "OMG"; "Right There" pelo DJ Eastwood; as várias "House Girls" pelo Devine Collective; e por aí em diante, numa longa de lista de canções demasiado desconhecidas. Mas também vindas do hip-hop ("Salute" de Dipset ou tudo aquilo que a Nicki Minaj não levou para Pink Friday), do r'n'b ("Skydiver" da Cassie, "Blackberry" da Monica, "Gimme That" da Ciara), ou da pop made in UK ("I'm the Fool" das Soundgirl e o EP da Florrie). A conferir aquando da lista de canções, lá para Janeiro. |
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O reconhecimento tardio do génio de Bob Seger, graças a um cd-r pirata intitulado Never Mind the Bullets numa cortesia das boas gentes do I Love Music. E a descoberta, também tardia, de Adrian Gurvitz, graças ao bom gosto do enorme Miguel Arsénio. Live Killers naquele carro, foi também uma experiência do caralho. |
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A Adega dos Lombinhos e o chinês clandestino. |
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Redescobrir Brown Rice do Don Cherry em contexto carinhoso. |
Hugo Rocha Pereira

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These New Puritains no Music Box: ou como é possível ir às escuras a um concerto e sair de lá rendido a uma das revelações musicais na transição dos anos 00 para os 10. Estes miúdos merecem ser seguidos com toda a atenção. |
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6ª-Feira de Carnaval com dose dupla no Lux, onde apenas encontrei uma amiga mascarada: lá em baixo, Panda Bear no work in progresse de Tomboy; no bar, o one man show de Dâm Funk, que pôs toda a gente com groove no pé. |
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Corey Harris, a solo, nos Dias da Música do Centro Cultural de Belém: guitarra, voz e alma de um artista que tem um universo de blues, reggae e demais música africana a correr nas veias. |
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A festa da música nos concertos (e ensaios) de Projecto Bug – a par de Mad Caddies e Ouriços do Mar, a banda que já vi mais vezes actuar –, em especial “25 de Abril Não Sei Quantos Anos Depois… Menos Um Dia”, na Casa do Povo de Mafra. |
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Strung Out no Santiago Alquimista na véspera de aniversário. A maratona, iniciada nessa 6ª, terminaria no Domingo – após dusk ‘till dawn jagoz, onde o bodyspacer Miguel Arsénio mostrou dotes de cantor e stand-up comediant –, na Típica de Alfama a ver o Glorioso arrasar o FCP na final da Taça da Liga, na companhia do Diego Armés. |
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Rock(abilly) session no Lux, composta por Bloodshot Bill, Legendary Tiger Man e Heavy Trash. Final apoteótico, com membros dos 3 projectos em palco, numa jam session de fazer o Diabo salivar por mais. |
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Sharon Jones and the Dap Kings (Super Bock Super Rock), no Meco. Tiraram uma costela de James Brown e nasceu a (ex-guarda prisional) vocalista dos enormes Dap Kings, tantas vezes tábua de salvação de Amy Winehouse… E não é todos os dias que se vê um fã entrar em palco para beijar o chão pisado pelo seu ídolo… |
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Prince (Super Bock Super Rock) no Meco: o pequeno-gigante mostrou-se em forma, não só musicalmente como na empatia estabelecida com o público - pelo menos aquele que conseguiu chegar a horas ao recinto, que muitos ouviram “Purple Rain” e outros clássicos dentro do carro. Música no Coração, trânsito na contra-mão. |
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Gill Scott-Heron na Aula Magna. Ver actuar uma lenda-viva recém-regressada das trevas já seria um privilégio. O concerto nem foi histórico, muito por “culpa” da banda que acompanhava GSH, mas teve vários momentos bem intensos. Melhor ainda foi, no prolongamento do concerto, arriscar uma piada à qual o protagonista da noite respondeu à sua altura. |
Miguel Arsénio
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Ira Kaplan a varrer na Aula Magna © Mauro Mota |
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O ano de 2010 passou a ser outro quando “The Story of Yo La Tango” enche de electricidade a Aula Magna e um gajo fica eufórico só por viver num tempo em que é possível ver os Yo La Tengo ao vivo. Não só é o momento maior do ano, como aquele que mais me marcou desde que escrevo para o Bodyspace. |
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Sem ter sido um ano rico em termos de discos, 2010 trouxe uma catrefada de concertos memoráveis: Jandek a ver-se de esguelha ao espelho, no Maria Matos; Fu Manchu sem espinhas, no Santiago Alquimista; "Bathysphere", do rei Bill Callahan, no Festival para Gente Sentada; todos os triunfos lisboetas de B Fachada na cara do ódio; o embalo maternal de Vashti Bunyan, no Lux; o sonho de ver os "meus" Oh Sees finalmente satisfeito na ZDB; as novas de Aquaparque, no Lux, e a fome do álbum que aí vem; PAUS acústico à porta do Lounge; as duas etapas (Lux e Barreiro Out.Fest) na formação das tremendas canções que Panda Bear tem na calha para Tomboy. |
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O pior concerto do ano (e de sempre, talvez): Dakota Suite, no Festival para Gente Sentada - patético e nauseante em todo os aspectos. |
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O meu obrigado e abraço de irmão vai para o Mauro Mota, que é o fotógrafo que sempre quis ter comigo nestes passeios. |
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Sem pensar em restrições de ano, os grandes discos são três: Il Assassino, de Adrian Gurvitz (absoluto génio que descobri por acidente); Magic Moments, uma antologia tripla de Burt Bacharach; e Hard Nose The Highway, o muito mal estimado álbum que me deixou perdido por Van Morrison. |
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O fetiche televisivo do ano por aqui foi a Roberta Medina, porque é irresistível aquele sotaque e vê-la como a "bacana" na dinâmica good cop bad cop do júri que muito me diverte no Ídolos. |
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Três admiráveis sorrateiros: Leyland Kirby, na instalação Ouvido Raro e nas muitas faixas dispersas; Keith Fullerton Whitman, nos mil discos que lançou; e Rafael Anton Irisarri, em nome próprio e enquanto The Sight Below. Estiveram em grande. |
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Surpresas (ou discos caídos do céu): Tube Overtures, de Gutta Percha, e Living Dirt, de Tommy Guerrero. O primeiro é perfeito para ouvir antes de adormecer. O segundo é o disco que faltava para guiar na cidade. |
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Prazer caseirinho: Chet Baker e as diferentes maneiras de cozinhar arroz no forno. |
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Canções escutadas exaustivamente em casa e no carro (sem restrições de ano): “Wedding Bell Blues”, Laura Nyro (dica valiosa do Manuel Mota); “She’s in command”, “Classic” e “Hello New York”, Adrian Gurvitz; "Make It Easy on Yourself", The Walker Brothers; "Rebel Rebel", David Bowie; “Feeling Frisky”, Syl Johnson; "This Night Won't Last Forever" e "I Hope You'll Be Very Unhappy Without Me", Bill LaBounty; “Monkey Walk”, Arthur Brown; “Born to go”, Hawkwind; “Yu Squeeze My Panhandle”, Lee “Scratch” Perry, "Tudo Começa de Novo", Nelson Ângelo e Joyce (é sempre um abalo). |
Milhões de hot pants © Adriana Boiça Silva
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Milhões de Festa: chillwave, rifalhadas e piscina. A loucura com Monotonix, a festa com Delorean e El Guincho. Tudo o que interessa, o melhor festival do ano. |
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Out.Fest, grandioso festival: Noël Akchoté, Schlippenbach, Panda Bear ao vivo e a explosão “Benfica”. |
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Jandek ao vivo no Maria Matos, o mito vira real. |
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RED Trio e a magia da improvisação, a marcar o panorama nacional e internacional. |
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Gil Scott-Heron na Aula Magna, a lenda regressa à vida. |
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Vashti Bunyan no Lux, antecipada pela revelação de “Memórias de Paco Forcado Vol. I” de B Fachada, o hino doméstico que marca 2010. |
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The Walkmen no Coliseu, talvez o grande concerto rock do ano. |
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A fabulosa festa dançante de Janelle Monáe. |
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Oddsac, experiência visual-sonora intensíssima, trip deliciosa. |
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A vitalidade da Clean Feed, que editou o seu 200º disco, que já é vista globalmente uma das melhores editoras jazz do mundo, que é um exemplo grande num país de coisas pequenas. |

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Como diziam os Art of Noise, 2010 foram Moments in Love. |
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Sunn O)) o concerto do ano. Logo a seguir, Grizzly Bear, Beach House, Ghédalia Tazartès, Panda Bear, Ken Vandermark Trio. |
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Pôr os pés na loja de discos que viu nascer Bjork - a Bad Taste Records Store - depois de descobrir os Sin Fang Bous ou o pintor Erró na sua terra de origem durante 14 dias de road trip ao som de Sigur Rós e "Iceland" dos The Fall? Priceless. Islândia, viagem do ano de qualquer pessoa que a faça. |
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O ano da descoberta tardia de Piotr Kamler, o maior mestre surreal-hipnótico da animação. Vasco Granja deve ter comprado o mesmo DVD edição francesa lá no céu. |
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A descoberta também tardia do Garage Band da Apple e das suas possibilidades lúdicas. Dessas brincadeiras nasceu o passatempo do ano: Untxura. |
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A descoberta igualmente tardia do melhor hip-hop, com os primeiros discos em CD, baratinhos, de Raekwon, Wu-Tang Clan e Nas à cabeça. Represent, represeeent! |
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E que bons são os primeiros discos de Sérgio Godinho e Fausto. E que bom foi comprar as reedições dos discos da G.A.C. - Grupo Acção Cultural. Pois canté! E que actual é ainda José Mário Branco e o seu "FMI". |
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Adeus Saramago, mago, mago. |
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Olá Ferreira Gullar, grande poeta brasileiro, prémio Camões. |
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Música para o fim de ano? Julian Assange & The Wikileaks. |
Medalha de ouro olímpica.
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Entrar para a Equipa Bodyspace é inevitavelmente o momento do ano, por mais discos que tenha ouvido ou concertos a que tenha assistido. Os milhões de agradecimentos por esta oportunidade são repartidos pela Santíssima Trindade composta pelo Joaquim Albergaria, por me ter dado o empurrão, pelo Miguel Arsénio, por agir como padrinho de curso, e pelo André Gomes, por ainda não me ter despedido. |
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Outros milhões: os de Festa, em Barcelos. A piscina, os concertos, as cervejas. História para contar aos netos: estar no epicentro do concerto de Monotonix. Há mazelas que ainda não sararam. |
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Na mesma onda dos dois pontos anteriores, começar as entrevistas com El Guincho e Delorean num arranhado portunhol: "é a primeira vez que faço isto, se não curtirem de mim podem-me bater". |
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Enquanto houve poder de compra, conseguir os discos de Beach House, Vampire Weekend e Orelha Negra, que proporcionaram belas tardes. Arranjar uma edição do Mutantes S.21, o álbum maior do rock português. A colheita da Feira do Livro; voltar a ler Sade aos 23, descobrir Cormac McCarthy e flagelar-me por não ter reparado que aquela edição do Bukowski estava em Português do Brasil (ódio de estimação por termos como "ônibus" e "calcinha"). |
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Deitar fora quaisquer preconceitos que restassem e acreditar em B Fachada. Eu vou ser o Puto Abrantes, eu vou ser o Panda Bear é o hino deste ano. Igualmente portugueses, igualmente excelentes: os PAUS, a meio caminho entre a promessa gigantesca e a certeza absoluta. |
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O ano em que assisti a mais concertos, auxiliado pela oportunidade:
- Os enormes: Dick Dale c/ Sonics, a dose dupla de XX, os Sunn O))), os Faith No More, a trilogia Monotonix-PAUS-El Guincho no Milhões, os Faust e os Vampire Weekend.
- Os muito bons: Air, Shellac, Gil Scott-Heron, Master Musicians of Bukkake, Fucked Up, anbb, Jandek.
- A desilusão: Tangerine Dream.
- A semi-desilusão: The Fall. Quarenta minutos é pouco quando falamos de Mark E. Smith. |
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Os Cinco a Zero. Hão-de ser lembrados por muitos, muitos, muitos anos. É verdade o que se diz: melhor que um orgasmo. |
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Confirmar a grandeza de Ariel Pink, maior do que todos nós. |
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Contar os dias para Tomboy, com a dor aliviada por "Drone", "Last Night at the Jetty" e "You can count on me". |
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Primavera Sound. Canções enormes dos Broken Social Scene num palco enorme (eles merecem), o regresso dos Pavement, clássicos, intocáveis, imaculados, Panda Bear a estrear canções, a conseguir silêncio num festival. |
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Canções: as com bons sentimentos (Guillul), as toscas-lindas (Ducktails), as perfeitas (Hot Chip). |
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Música estática, infinita. Basinski, Oneohtrix, Youngs (sempre), Ferraro. |
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Regresso ao hardcore: sair do mar no fim de Novembro é parecido com a sensação de rebolares na neve todo nu (perdoem o exagero). É óptimo. |
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Alto Astral e a generosidade dos amigos (e dos outros). |
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All of the lights, all of the lights. |
Nova era
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Menções honrosas para discos 2009 descobertos em 2010: Monolake Silence; Dam Funk Toeachizown; Trus' me In The Red; Meanderthals Desire Lines. |
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TV+: Breaking Bad; Mad Men; Boardwalk Empire; Caprica (com um cancelamento prematuro que me deixou fodido). |
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Stones Throw (pelas edições de Aloe Blacc Good Things; Madlib e os seus Medicine Shows, The Last Electro-Acoustic Space Jazz & Percussion Ensemble Miles Away, Young Jazz Rebels Slave Riot; Mayer Hawthorne A Strange Arrangement). |
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Conhecer "Deus", Caprica Six, Baltar e as bandas-sonoras de Bear McCreary. |
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Resumo dos 12: Crise, crise, crise, crise, crise, crise, mais crise, mais crise, mais mais crise, FMI, FMI, FMI. Foda-se esta música! |
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Outras músicas: Caribou "Sun"; Cobblestone Jazz "Fiesta"; Scuba "Light Out"; Terre Thaemlitz "Masturjakor"; Space Invadas feat. Jade Macrae "Life"; Commix "Be True" (Burial Remix); DJ Shadow "I've Been Trying"; Hindi Zahra "Fascination"; Cassius "I Love You So"; Andreya Triana "Lost Where I Belong"; Moody "Ol' Dirty Vinyl (U Used to Know)"; Jneiro Jarel "Castaju Cajunea"; Photonz "Aquarian Ball"; LCD Soundsystem "I Can Change"; Meanderthals "Kunst or Ars". |
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Um desprezo muito especial para a MTV. |
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Deutsche Elektronische Musik - Experimental German Rock And Electronic Music 1972-83, E.M.A.K. A Synthetic History Of E.M.A.K. 1982-1988: a velha kosmische musik que preencheu o vazio de novidades. |
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Segunda vida da mítica R&S Records: James Blake (CMKY, Klavierwerke), Pariah (Safehouse). |
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Do coração ao cosmos: José James Black Magic, Aloe Blacc Good Things, Blundetto Bad Bad Things, Flying Lotus Cosmogramma, Prins Thomas Prins Thomas, The Simondsound Reverse Engenniring, Actress Splazsh, Hot Toddy Late Night Boogie; Igor Boxx Breslau; reedição do clássico house dos Virgo. |

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N*E*R*D - Hypnotize U |
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Nicki Minaj - Right Thru Me |
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Kanye West - Power |
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Big Boi - Shutterbug |
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Janélle Monae feat. Big Boi - Tightrope |
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Conjunto Ngonguenha - Ninguém nos Sungura |
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Mark Ronson feat. Boy George - Somebody to Love Me |
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Robyn - Dancing on My Own |
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DâM-FunK feat. MC Eiht - Hood Pass Intact |
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Escort - Cocaine Blues |
Hipnagogias bodyspacers em noites paulatinas © Sofia Ferreira
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Em primeiro lugar, agradecer a toda a equipa deste lugar muito modesto mas muito honesto que é o Bodyspace.net por me terem decido acolher no início deste ano que se aproxima vertiginosamente do seu fim. Fizeram-me conhecer mais e melhor música e só por isso já alugaram uma bela assoalhada no meu coração. |
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Em segundo, insultá-los sem quaisquer receios porque, caramba, onde raio é que se vai buscar um título de retrospectivas que não nos deixa a pensar noutra coisa para além do Abrunhosa?! |
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Terceiro: inesquecíveis festas Bodyspace, com epicentros de loucura no Au Lait, no Porto, e outros de subtileza única com PAUS, em frente ao Lounge. |
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Acabados elogios e ofensas à casa, pouco mais me apraz dizer sobre o ano em que passou. |
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Descobri um Spring Manta em mim. É ao mesmo tempo publicidade gratuita e uma forma de explicar o que ando a ouvir, com que ouvidos. Lancei-me, por isso, aos samplers (o Rios também não foi excepção) e drum machines, coisa que não quero deixar cair em esquecimento. |
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O melhor concerto do ano oscilará entre os Massive Attack no Sudoeste e os !!! no Lux. Um resume-se pela perfeição da "performance live melhor que em disco" - porque o foi, de facto -, o outro pela entrega que Nic Offer esbanja em formato de garagem. Ambos com momentos inesquecíveis, ambos para se matarem um ao outro a ver quem ganha o título. |
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Pior coisinha de ver foi mesmo a confirmação da inexistência de uma live performer em M.I.A. Aquela malta gosta dos gravalhões, por um lado, e de sete fulanas aos gritos do outro. Eu preferia um meio termo que aquela gente não conhece. |
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E eis o momento por que ninguém esperava: o grande concerto dos Muse no estádio de Wembley, em Setembro, com o enviado especial do Bodyspace em Londres. Foi lindo de ver. |
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