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Miguel Gomes fala sobre a reactivação de Complicado
· 10 Mar 2010 · 17:58 ·


É certo que não têm sido muitas as novidades de Complicado num passado recente, mas Haunted, lançado em 2005 pela Bor Land, ainda toca frequentemente num dos muitos escritórios do Bodyspace espalhados pelo país. Concebido por Miguel Gomes (o mentor de Complicado) e Rodrigo Cardoso, num apartamento da baixa portuense, Haunted, lançado pela Bor Land em 2005, é um verdadeiro e precioso sleeper da música nacional dos últimos anos. Ao dividir-se por compartimentos (num estilo próximo dos melhor Lou Barlow / Sebadoh), Haunted deixava também alguns espaços por preencher e enorme curiosidade por um segundo disco. A espera parece prestes a chegar ao fim, de acordo com as seguintes palavras partilhadas por Miguel Gomes esta tarde, numa conversa centrada na reactivação de Complicado.

“Depois do disco Haunted e da consequente apresentação ao vivo, mudei-me para Lisboa, onde passado algum tempo comecei a escrever e gravar o que seria o segundo disco. Não avancei muito, mas ficaram algumas ideias para um dia retomar...

Uma das pessoas que chegou a trabalhar nesses temas comigo foi o Miguel, dos Rose Blanket, e a certa altura as coisas naturalmente inverteram-se e acabei por trabalhar nos temas dele para o disco Our Early Ballons. Depois houve os concertos de apresentação e agora as gravações do novo disco...

Desde há alguns meses que voltei a reactivar a ideia de trabalhar em novas canções e pegar nas ideias que já tinha para gravar o tal segundo disco. É-me um pouco difícil descrever-te as canções de forma a que tenhas uma ideia de como o disco vai soar. Na verdade, nem eu sei muito bem... Tal como o Haunted, será certamente um disco com muita diversidade em termos de dinâmicas e ambiências. Terá a constância das guitarras como fio condutor e também como principal base das canções.

Tendo em conta as canções nas quais estou já a trabalhar e devido à sua diversidade, é justo dizer que as escolhidas determinarão o rumo do disco em termos de sonoridades. Mas arriscaria dizer neste momento, que têm um som muito orgânico com baterias muito presentes, guitarras muito pouco processadas e que, apesar da sua "crueza", espero que este disco seja no todo um pouco mais… hi-fi.”
Miguel Arsénio
migarsenio@yahoo.com

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