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Gabriel Ferrandini apresenta A Volúpia das Cinzas
· 15 Jan 2016 · 11:38 ·
© Vera Marmelo

O baterista Gabriel Ferrandini acaba de arrancar uma residência artística na Galeria ZDB e, ao longo de 2016, vai apresentar várias actuações ao vivo, acompanhado por Hernâni Faustino e Pedro Sousa. A residência tem por título enigmático A Volúpia das Cinzas e o primeiro concerto terá lugar no dia 20 de Janeiro, quarta-feira. Em exclusivo para o Bodyspace, Ferrandini respondeu a algumas questões sobre a residência na ZDB.

Como surgiu a ideia da residência na ZDB?

Parte de uma vontade minha de fazer uma coisa diferente mas com calma, espaço e tempo. Ter um ano para lidar com novas ideias e ir desbravando terreno.

Estás a trabalhar composições, o que é uma novidade, uma vez que tens trabalhado quase sempre em improvisação livre... Como tem sido o processo?

Tem sido lindo, sozinho a escrever ou a experimentar as malhas com o Hernâni e o Sousa. É mesmo outro estar, outras decisões, outras responsabilidades. Envolver-me tanto com melodias e notas é uma aventura brutal. Processar as estruturas e todos os detalhes é mesmo muito trabalho mas estou a adorar! A ver se corre bem... ainda vai haver muito espaço livre e é suposto!

Li que as composições serão "classic jazz meets free improv". Que tipo de música poderemos esperar, quais as influências mais próximas?

Essa frase saiu cá para fora, mas era só eu a falar com o Sérgio [Hydalgo, programador da ZDB] de forma leve e superficial da linguagem da coisa. A música tem a ver com um pouco de tudo que oiço e um pouco do que se toca. Influências MIL!

© Vera Marmelo

Porque escolheste tocar com o Hernâni Faustino (contrabaixo/baixo) e o Pedro Sousa (saxofones)?

Não era possível fazer com mais ninguém. O Hernâni é o meu baixista de eleição, temos muito trabalho juntos e sabia que ele ia gostar do desafio. Eu e o Sousa falamos a mesma língua e até grande parte da música que vamos fazer, visualizei para ele estar a curtir em cima. O sax do Sousa é elástico, o que nos permite fazer as coisas de maneira mais complexa e rica. Por outro lado estou a adorar ouvi-lo tocar "malhinhas"!

Além desta primeira apresentação, o que mais vai acontecer ao longo do ano? Quantos concertos estão previstos?

O número exacto não sabemos. Mas vão ser uns quantos concertos em trio. Quem sabe um convidado ou outro, para aquecer mais a casa...

Vai ser gravado disco com este material?

Disco não sei, mas vais ser tudo gravado, sim!
Nuno Catarino
nunocatarino@gmail.com

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