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Já estamos no Alive
· 10 Jul 2014 · 16:23 ·


Começou aquele que é o grande festival de música em Portugal - pelas dimensões, pelo cartaz, pelo sushi - e a nossa #TeamBodyspace já por cá anda. Se foram um dos azarentos que não conseguiu bilhete para o dia de hoje, via estar já esgotado, lamentamos por vós. Se se conseguiram deslocar até Algés ou se vêm nos próximos dois dias, estes são os cinco concertos que não podem de forma alguma perder. Que comece o rock n' roll.

Temples

Chamem-lhes o que quiserem: cópia barata de Tame Impala, cópia ainda mais barata de Beatles, grupinho sensaborão que achou que o psicadelismo é bonito. Os Temples editaram este ano o seu disco de estreia e pisam pela primeira vez solo nacional em busca de uma ainda maior legião de fãs, apoiando-se em temas como "Shelter Song" ou a belíssima e kraut "Sand Dance". Pop perfeitinha para curtir o final da tarde - e o sol, fervente, escaldante, que hoje apareceu.

Interpol

Os nova-iorquinos abriram o mundo do indie a muita gente quando editaram em 2002 o ainda fantástico Turn On The Bright Lights, o negrume tornado canção e o subúrbio tornado estado de espírito. Regressam hoje para um concerto em que muito provavelmente apresentarão os temas que farão parte do seu novo disco, a sair este ano, sem descurar clássicos como "Obstacle 1" ou "The Heinrich Maneuver" (sim, essa mesmo, a dos Morangos). Paul Banks e companhia valem sempre a pena, com ou sem novo baixista.

The Black Keys

O novo registo (Turn Blue) não é assim tão mau e vocês são todos uns idiotas. Posto isto, espera-se que os Black Keys se redimam do concerto no Pavilhão Atlântico com um espectáculo de deixar toda a gente de boca aberta - que "Lonely Boy" e "Dead And Gone" façam juz à sua grandeza de estádio e apelem aos coros da multidão que os virá ver. Uma das melhores bandas rock desde o virar do milénio vai estar a escassos metros de nós, como não nos sentirmos excitados?

The Vicious Five

Palavras para quê? É um regresso há muito pedido. Concerto especial para puxar à lagrimita de quem tinha dezasseis anos (ou ainda menos) quando os testemunhou pela primeira vez, quando ouviu "Bad Mirror" na SIC Radical ou na MTV e pensou "porra, isto é do caralho". Os portugueses abrem o palco principal amanhã, mas talvez merecessem era fechá-lo, em apoteose total e completa. O punk não morreu, nem sequer é um cadáver, e os berros do Quim soarão tão bem hoje em dia como há dez anos.

Chet Faker

Quem nunca sofreu por amor que atire a primeira pedra. Chet Faker parece não fazer outra coisa. Electrónica suave e deprimida que tem em Built On Glass o seu registo de estreia e em "Melt" uma das melhores canções que passou pelos nossos ouvidos este ano. Tocará no último dia, já madrugada, para destroçar corações - ou voltar a colá-los com tristeza.
Paulo Cecílio
pauloandrececilio@gmail.com

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