Filament, o mais recente disco de Vitor Joaquim, é, para todos os efeitos, um disco de transição. Depois de sair da Crónica, a casa de muitos anos, o músico viu-se obrigado a encontrar novas inspirações, novas perspectivas, uma nova morada para as suas explorações. Foi obrigado a mudar de pele, mantendo todas as suas convicções intactas. E teve de emigrar. A Kvitnu foi o selo encontrado para um novo disco que o próprio admite ser, apesar de tudo, uma continuação do trabalho realizado em
Flow, o seu lançamento anterior. Mas nem só de discos se fez a troca de palavras com Vitor Joaquim: também houve espaço para falar de inspirações várias, do festival Semibreve, de arrependimentos ou a falta deles, da relação de todos nós com a música nos dias que correm, a relação entre a música e a imagem e até acerca de expectativas para a Capital Europeia da Cultura 2012 em Guimarães. Como com conversador que é, Vitor Joaquim, crítico como sempre, teve resposta para tudo. E ainda avançou com projectos para 2012.
Fala-me de Filament, do processo de construção do disco, das evoluções em relação a
trabalhos passados. Como foi chegar a este disco?
Antes
de mais, este disco foi o resultado de uma grande ausência da edição a solo, o
que só por si se torna um tormento para qualquer criador. Não que tenha sido um
grande parto, foi sim uma longa ausência desde o ultimo disco a solo, o
Flow. E essa ausência
deveu-se basicamente a uma coisa pouco agradável, mas que faz parte da vida, e
que foi uma proposta recusada pela Crónica. Crónica, que era a editora à qual
eu, liricamente, me imaginava ligado para todo o sempre (risos). Dado que não
havia até então no meu horizonte nenhuma outra editora da qual eu me sentisse
tão intimamente próximo, este disco, foi como que um restart no mundo da edição
uma vez que tive que repensar todas as minhas ligações e encontrar quem me
quisesse publicar. Mas afinal foi só mais um momento de ter de voltar a sair
novamente do país.
Em
todo o caso, em termos de edição, entre o Flow e o Filament, tive pelo meio
várias edições em compilações e uma colaboração com os @c no álbum “
de-tour” que
resultou de uma digressão que fizemos pela Alemanha. Sem esquecer as diversas
composições para dança contemporânea.
Pensando
no presente, concluído que está este disco, quero continuar a investir num
modelo de criação que se aproxime dos concertos ao vivo, pelo que todo o meu trabalho
em estúdio consiste em organizar material sonoro, habitualmente sob a forma de
micro elementos sonoros, que seja passível de ser executado ao vivo da mesma
forma que é executado em regime laboratorial. E nesse sentido, este disco vem na continuidade do Flow (gravado ao vivo no Festival O da Guarda) embora um
pouco menos táctil, e talvez mais dado à introspecção, com faixas mais longas e
com uma paleta tímbrica bastante complexa e entrelaçada.
Há
alguma coisa de discos anteriores com as quais não estejas totalmente
satisfeito e que tenhas tentado evitar desta vez? Fazer discos pode ser uma
coisa pavloviana?
Não há nada que tenha feito (em disco) de que me tenha arrependido. Tomei
opções em discos anteriores que se podem ter tornado mais difíceis para quem as
ouve, mas esse problema é um problema que não me diz respeito. Enquanto
criador, sinto que me compete criar e depois sujeitar-me à apreciação de quem
ouve. E a quem ouve cabe a responsabilidade de se saber educar. Se ambas as
partes cumprirem com o que lhes cabe, o mundo será perfeito. Pelo menos em
termos de relação criador-audiência. Não há qualquer condicionamento que não
venha de dentro: da minha consciência, do meu sentido estético e da minha
sensibilidade na combinação deste dois elementos.
Em
termos de tema e inspiração, li que este disco é uma espécie de grito mudo em
relação a este estilo de vido de consumo rápido e instantâneo de bens materiais
e culturais. De que forma este disco vai contra esses hábitos?
Sim,
de facto foi essa a minha motivação temática em torno deste disco. É obviamente
uma relação que se faz com alguma abstracção uma vez que não me proponho
discutir objectivamente questões sociológicas ou politicas enquanto o toco ao
vivo, nem tenho textos explicativos no disco. Mas esta temática subordinou de
alguma forma todas as opções que fui tomando enquanto compunha, pelo que todo o
tratamento formal acabou por respeitar esse princípio. Não criei esquemas
fáceis de aderir e as faixas são relativamente longas, contra todas as
recomendações de consumo que nos indicam que um tema deve ser curto para fazer
plays na web ou na rádio e ser rapidamente digerido. Da mesma forma que não há
pessoas a cantar, e os temas têm todos eles uma progressão muito intrincada que
chama imediatamente o ouvinte à concentração na escuta. Para quem se dispõe a
ouvir com atenção, há um mundo que se esconde a cada segundo que passa. E se
tivesse que estabelecer um paralelo facilitador, chamar-lhe-ia “ambient
progressivo” o que é em si uma contradição.
Mas só aparente, penso eu. Portanto, quem aderir à escuta encontrará
objectivamente um trabalho que é a antítese do consumo rápido. É como beber um
vinho do Porto, não faz sentido tomá-lo como um shot ou uma cerveja de pressão.
Achas
que ouvimos música de uma forma apressada e pouco atenta, pouco detalhista?
Achas que a nossa relação com a música se tem vindo a deteriorar nos tempos
mais recentes?
Essa
é uma excelente questão e constitui sem dúvida uma das grandes preocupações de
qualquer pessoa que trabalhe apaixonadamente com o som. Olhando
retrospectivamente, temos que concluir que antigamente as pessoas tinham acesso
muito restrito à música e em pouca quantidade. Hoje, pelo contrário, toda a gente tem acesso imediato a milhões de temas via web. Paradoxalmente, pelo que me é
dado ver, esta facilidade acabou por levar a uma desvalorização do conteúdo e
da qualidade do conteúdo em detrimento da posse e da valorização do acesso.
Ainda que virtual, a posse confere ao ouvinte um sentimento de domínio e uma
maneira de estar perante a música que a coloca, a ela música, quase ao mesmo
nível das pipocas. Cria-se uma sensação de «tenho (acesso), posso (aceder) e
mando (tocar) -quando quiser». No outro lado da equação está a qualidade da
audição que se encontra relegada para segundo ou terceiro plano. Não sei se há
estatísticas sobre isso, mas a verdade é que uma grande parte das pessoas que
consomem musica no mundo ocidental, fazem-no através de formatos comprimidos e
de que o mp3 é o grande campeão. Ora para quem não sabe, em muitos dos casos, cerca
de 50% da informação desaparece quando se faz um mp3. Há tantas variáveis na
criação de ficheiros mp3 que qualquer resultado é uma potencial aberração. Para
além das variações no bit rate, ainda há a considerar o programa sonoro, e a
qualidade do encoder. E sabe-se, por testes feitos, que num caso de estudo, a
escolha de dois encoders diferentes a 128kbit/s, obteve pontuações que variaram
entre os 2,22 e os 3.66, numa escala de avaliação de 1 a 5. Ora isto é uma variação muito grande, considerando que só estamos a comparar
mp3 a 128k.
É
certo que os princípios sobre os quais se baseia a codificação são científicos e
assentam em conhecimento científico, mas não convém esquecer que a solução
adoptada (solução técnica e comercial) tem em vista o funcionamento normal do
ouvido do cidadão médio (consumidor). Estão sempre de fora destas considerações
os ouvidos mais treinados, mais atentos e mais profissionais.
Por
outro lado, os peritos mais cautelosos, dizem que nós não damos por isso. E lá
mais para a frente, em “letras pequeninas”, também dizem: “conscientemente...”.
E eu, sendo irónico, até compreendo essa justificação pois acontece o mesmo com
o cancro. Ele aparece, instala-se nas pessoas e nós não damos por isso. Mas a
verdade é que não é por isso que ele é desprezível. Compreendo que a comparação
seja um pouco agressiva, mas é assim que eu a sinto perante tal argumento. E
foi precisamente a pensar neste tipo de questões que em tempos criei um tema
que se chama “
The
Devil is in The Detail”. Nunca convém esquecer que é no detalhe que tudo se
ganha e se perde. Não foram as guerras infames que destronaram o Bill Clinton,
foi um simples (e alegado) blow job. É o poder do small detail. Um grau de
diferença num cálculo de curvatura feito ao nível do solo, leva a milhares de
quilómetros na atmosfera. Se não pensasse em detalhes, o homem não teria saído
das cavernas. Desvalorizar as percas verificadas com o mp3, é o mesmo que fazer
tabula rasa de tudo o que se sabe sobre o funcionamento do ouvido na sua complexa
relação com o cérebro. Senão, perguntem aos cílios da coclea e eles vos dirão o
que ouvem.
Foste
um dos dois nomes portugueses do Semibreve em Braga. Pela quantidade de publico
e qualidade dos concertos, achas que a música electrónica experimental tem, em
Portugal, mais público do que aquilo que parece?
Bem,
o problema dos públicos é muitas vezes um falso problema. Acontece com a
música, acontece com o cinema, acontece com as artes plásticas e desde logo com
a dança contemporânea.
A
questão coloca-se essencialmente ao nível do ponto de vista e da contextualização
dos casos. Explico: há casos de filmes portugueses que tendo sido colocados em
condições de igualdade de distribuição perante outros filmes estrangeiros,
conseguiram maiores níveis de audiência do que esses mesmos filmes
estrangeiros. E a verdade é que poucas pessoas acham isto possível.
E acontece o mesmo com a música portuguesa.
No
início da minha adolescência, havia muito questionamento e mais certezas sobre a
impossibilidade de se cantar rock em português! Parecia obvio para toda a gente que o rock nunca poderia ser cantado em português. Era uma conversa que nem dava para começar, por estranho que pareça. As pessoas,
em situação de neutralidade, como foi o caso do Semibreve, tendem a gostar de
todo o tipo de trabalho desde que apresentado nas devidas condições. Essa é que
é a chave da questão. Mozart no Festival do Sudoeste nunca funcionará, assim
como nunca funcionará se lá colocarmos a audiência típica da Gulbenkian. Tem de
haver uma adequação das propostas aos espaços e as condições técnicas de cada
caso devem ser escrupulosamente cumpridas, coisa que raramente acontece no
nosso sistema de produção. Como muitos de nós tristemente sabemos,
The Legendary Tiger Man
teve de cancelar um concerto no festival do Sudoeste, mesmo já depois de
ter começado, por lhe ser impossível tocar a ouvir os bpm’s implacáveis da
tenda de dança. Uma vergonha para a organização, e um grande hurra para o Paulo
Furtado por ter feito a única coisa que alguém deve fazer em tais
circunstâncias: cancelar.
Portanto, resumindo, sim, há público para tudo, desde que se tratem bem ambas
as partes.
Recordo-me
de um caso com um concerto que fiz em duo com o
Carlos Zíngaro na ZDB em
2006. Antes de começar o concerto, estávamos os dois à porta na cavaqueira e de
vez em quando vinham pessoas perguntar-nos que espaço era aquele e se havia alguma coisa naquela noite. Embaraçados,
lá íamos respondendo como conseguíamos, e as pessoas lá iam à sua vida. E
porquê o embaraço? Porque pura e simplesmente não havia um único cartaz há
porta sobre o que ia acontecer. Sem investimento não há resultados, toda a
gente sabe isso. E tem de ser parte a parte, ou então não funciona. Há espaço
para tudo e público para tudo, desde que se cumpram as regras com dignidade, de parte a parte.
No
Semibreve acabou por ser curioso o facto de todos os concertos terem uma
vertente visual associada à parte musical propriamente dita. Achas que começa a
ser uma necessidade, uma quase obrigação?
Enquanto
criador e também parte de uma audiência, não creio que seja uma necessidade.
Cada criador lida com as diversas problemáticas que se lhe vão colocando de
acordo com o que a sua consciência lhe diz, e dito isto, cada caso será sempre um
caso. Curiosamente, 3 dias depois do concerto de Braga, toquei o
Filament
na Culturgest às escuras. A sala não permitia montar o set de Guimarães pelo
que optei por tocar às escuras. Já o faço há uns anos e continuarei sempre a
fazê-lo. Tocar às escuras é sempre uma delícia. Pena é que seja quase
impossível colocar um espaço em black-out total.
No
caso específico de Braga,
com o espectáculo Filament, optei por investir na parte visual porque é uma forma
de estabelecer uma colaboração criativa com outra pessoa. Neste caso foi o Hugo
Olim, mas poderia ser outro artista visual. Quando compus o disco, basicamente
pensei nas possíveis formas de o tocar ao vivo. E de entre essas formas,
imaginei uma em que o set design era composto por um dispositivo
sonoro/luminoso controlado a partir do meu computador, e por duas projecções,
uma sobre a parede traseira e outra sobre o chão (
ver vídeo). O que procuro com esta opção
não é responder a uma necessidade imposta a partir do exterior, mas sim a uma
vontade de estabelecer uma colaboração com um convidado que traga uma dimensão
visual ao trabalho sonoro através de um dialogo em que o resultado espero, seja
superior à soma das partes. Se não resultar, foi porque o diálogo não foi
interessante e porque eu, em ultima análise, fiz más opções. Se resultar, é
porque o diálogo foi interessante, independentemente de ser entre som e imagem,
ou entre som e som.
E
acho que esta questão se coloca para todos os casos. Há boa e más colaborações,
assim como bons e maus resultados. O fundamental está na coerência global da
proposta.
Assim
a talhe de foice, e mudando radicalmente de assunto, que expectativas guardas
por exemplo para a Capital Europeia da Cultura 2012 em Guimarães?
Tenho
expectativas muito positivas sobre o que poderá resultar desta Capital Europeia
da Cultura embora não esteja muito por dentro da programação. Creio que
Guimarães percebeu a dimensão do país a que pertence, e que tornou bem claro que
compreendeu que a aposta tem de ser feita no domínio do realizável, do concreto
e do investimento local junto dos seus cidadãos. Uma das tónicas, parece
residir no investimento junto das populações através da criação de laços entre
criadores e locais por via do contacto quotidiano e da colaboração criativa.
Por outro lado, gosto especialmente deste evitar o deslumbramento provocado
pelas grandes figuras que chegam cegam e de repente já se foram embora. A
moderação e a imaginação parecem ter tomado conta do processo e só nos podemos
congratular por isso.
Antes
de começar, Guimarães e o país já estavam de parabéns.
Tens
uma posição muito crítica dos media em Portugal, pelo menos na forma como estes
olham para as músicas experimentais. O que te apetece dizer sobre este assunto?
Apetece-me
dizer que há uma imensa colecção de incompetentes que se profissionalizaram em
reproduzir press releases e em aceitar viagens e estadias em hotéis pagos por quem
criticam. A falta de produtividade e de massa critica é quase total. Vê-se pelo
que (não) produzem.
Há
casos caricatos de artistas pagos por “promotores” a viajarem de avião em
classe normal, ao mesmo tempo que no mesmo avião viajam críticos que os vão
criticar, pagos pelo mesmo promotor, mas em classe executiva. E o mesmo se aplica ao hotel em que dormem e ao restaurante em que comem. Miserável, simplesmente.
Mas
também é certo que já tiveram melhores dias, e um dia, que não tardará muito a
chegar, por essa mesma razão, a imprensa escrita capitulará às suas próprias
mãos. É triste dizê-lo, mas aquilo que já foi pura premonição parece agora
estar ao virar da esquina.
Esperemos
que as novas gerações de escritores da web (sejam eles novos ou velhos) não se
embasbaquem com o seu próprio umbigo e sejam capazes de descolar em direcção ao
desconhecido da mesma forma que os artistas experimentais (musica, dança, artes
plásticas, etc) já tiveram que o fazer há muito tempo. É absolutamente patético
que a imprensa nacional tenha deixado cair ao abandono artistas como o Nuno Rebelo (agora “exilado” em Barcelona) ou o Carlos Zíngaro, só para citar dois exemplos. Ou
que por exemplo, para não me por de fora, nunca tenha feito uma menção
minimamente decente ao meu álbum Flow que de entre as dezenas de apreciações
internacionais que teve, mereceu, pela Wire, um lugar de destaque nos 10
melhores discos mundiais de música electrónica no ano de 2006. Não o digo por
vaidade, digo-o por vergonha. Recebi encomendas de vários países, fiz dezenas
de concertos fora de Portugal, a rádio nacional alemã encomendou-me uma peça
para audição exclusiva (coisa que não aparece sequer no panorama das
possibilidades nacionais para artistas portugueses); das imensas entrevistas
que me fizeram nos últimos anos para televisão, rádio e escrita, só duas terão
sido para Portugal, sendo uma delas para a BODYSPACE. Só em Espanha, nos
últimos 10 anos, já trabalhei numa dúzia de cidades, sendo que nalgumas delas
já nem sei quantas vezes lá estive. Isto deve dar uma percentagem de 400 ou
500% em relação ao que faço no meu país. E nem falo da Alemanha, França, Bélgica,
Polónia, Inglaterra... É simplesmente confrangedor olhar para imensidão de
excelentes criadores que temos à espera de duas linhas de imprensa em Portugal.
Nem dá para começar porque nem há fim possível depois de se começar.
És
professor na Escola das Artes da Universidade Católica
do Porto. Há por lá quem esteja a fazer trabalhos interessantes nestas
áreas da música electrónica e quejandos? Aprendes muita coisa com os teus
alunos?
Começando
pelo fim, sim, todos os dias se aprende quando se dá aulas e todos os dias são
bons para se partilhar o que se sabe e o que não se sabe (risos).
E
é sempre gratificante a interacção que se estabelece entre aluno e professor
quando existe uma motivação partilhada, tal como sinto acontecer com os meus
alunos (que para mim são sempre potenciais amigos). Uma das coisas que mais
admiro na forma como se posicionam, reside precisamente ao nível do domínio e
do à vontade com que tratam a tecnologia. Eu ainda pertenço a uma geração que
por ver a maquinaria como uma coisa de difícil acesso, acabava por a endeusar e
por ficar por vezes refém das suas próprias possibilidades e limitações. E hoje
não vejo que isso aconteça com as gerações mais novas. De facto, já não
acontece isso, e sinto que os alunos se focam cada vez mais nos conteúdos e nos
aspectos formais da criação em detrimento dos aspectos meramente tecnológicos,
embora sem nunca os negligenciar. São aliás, quase sempre, excelentes
“domadores” de tecnologia! Daí resulta que tenho tido verdadeiras surpresas nas
mais diversas áreas, desde a ficção às artes digitais, passando pelo design de
som e pela animação onde temos sempre excelentes alunos com excelentes
trabalhos e de que o
Pedro
Serrazina (de quem sou grande admirador desde O Gato e a Lua) é um dos
muitos professores.
Há
pois uma geração de jovens talentos, muito promissores, que só precisam que
lhes dêem oportunidade de mostrarem o que valem, e sabem fazer. E começam-se já
a ver alguns deles a quebrarem barreiras, entre as quais a da nacionalidade, e
a espetarem lanças em lugares onde antes era impossível vencer (terreno para um
longo texto).
Para
2012, que projectos tens em cima da mesa?
"Verdana","sans-serif"'>Os mesmos projectos que tenho por debaixo da mesa
(risos): continuar a dar o meu melhor por prazer e para poder dormir de
consciência tranquila. E isso passa por continuar a dar aulas, fazer alguns
concertos, editar dois discos (seria ideal!) continuar as minhas colaborações além
fronteiras na dança contemporânea, e por fim, e muito mais importante: dar um
grande esticão na investigação que estou a desenvolver em torno da laptop
performance, no Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes (
CITAR) na Católica do
Porto. Não vai é pedir muito... (risos)