Part Wild Horses Mane On Both Sides
O espÃrito das coisas
Sorrateiramente, foram criando um culto em Inglaterra que começa agora a despontar um pouco por todo o lado. Pelo menos, por parte daqueles que se interessam por estas músicas que parecem florescer do nada. Duo quase mÃstico na capacidade de imbuir estruturas freeform de um lirismo profundo, os Part Wild Horses Mane On Both Sides não perpetuam a Manchester da Hacienda ou dos projects operários, mas descobrem nos seus movimentos (de flauta, percussão e electrónica low-cost) uma outra cidade escondida sobre o betão. Numa altura em que Kelly Jones e Pascal Nichols se preparam para a sua estreia em Portugal no dia 7 de Outubro numa noite que se prevê mágica para o OUT.FEST, em boa hora trocámos uns mails com este último para sabermos quais os fantasmas que povoam o equipamento, a ausência de planos e que os Loosers são uns gajos fixes (isso já se sabia). Aproveitando a oportunidade para traduzir "amazing" pelo doce provincianismo de espectacular. Para começar, aquela pergunta óbvia. Como e quando começaram a tocar como PWHMOBS?
Começámos a tocar juntos em 2006 e o nosso primeiro concerto como Part Wild Horses Mane On Both Sides foi no Verão de 2007.
As maiores influências são o nosso equipamento e a exploração das suas possibilidades.
Conhecem a bso do Eduard Artemiev para o Stalker? Uma das minhas primeiras impressões de PWHMOBS que tive foi de existir um certo paralelo com a banda sonora (e o próprio filme) na demanda por uma certa espiritualidade
Não, não conhecemos esse filme, mas vamos vê-lo em breve! Obrigado. Mas estás correcto no que diz respeito à presença de uma espiritualidade profunda.
Comparado alguns discos iniciais com o mais recente Low Fired Clay Escape parece ter havido uma certa direcção para algo mais denso. Acham que de algum modo isso foi progressivo?
É usual discutirmos acerca de como nos sentimos, aquilo que se passa na sala do concerto, aquilo que comemos e, por vezes, sobre quais são as nossas intenções.
De algum modo este contÃnuo de gravações/concertos acaba por ir moldando essas intenções, não?