Gosto de manter essa relação com a música, descomprometida... Experimentar várias coisas, se tiver que ter alguns "aka" assim seja. Com Labrador já só produzo mesmo techno ou algo que caminhe sempre nessa direcção, e agora PURPLE. Acho que para já me chega. Quanto à roupa, gosto de mudar diariamente. [risos]
Já não há tanto quanto isso, apesar de ter começado a produzir sob o alias de PURPLE em Berlim em Dezembro do ano passado. Acho que se nunca tivesse passado o inverno anterior lá nunca teria começado a produzir estes temas, pelo menos não desta forma. Tenho de agradecer aos -20 graus negativos, à neve e à falta de sol.
Fala-nos um pouco dos projectos que fazem parte da editora neste momento…
Neste momento estamos mais concentrados nas edições, temos imenso material ainda dentro do estúdio, estamos a calibrar as armas para os primeiros tiros. Entretanto temos apresentado algumas coisas ao vivo, já fizemos PURPLE no Porto e Barcelona, ISKY, Baliac, Klar... Perceber o nosso espaço de alguma forma. Agora estamos fechados em estúdio a pôr tudo no seu lugar, para avançar oficialmente com as primeiras edições.
Achas que o Porto tem mais para mostrar do que o que parece?
Sem dúvida que o Porto sempre teve e sempre terá mais para mostrar do que aquilo que parece. Acho que aos poucos o Porto tem menos medo de se revelar, de mostrar aquilo que por aqui se passa. Acho que daqui para a frente vai ser sempre a subir. Tenho ouvido imensa coisa nova de alguns produtores bem novos e com um trabalho incrÃvel e extremamente consistente. "Diamantes em bruto".