Não tenho o mesmo ponto de partida em todas as composições. Tanto começo com um som como parto de uma ideia ou de uma vocalização. Não tenho uma preferência fixa, gosto de mudar e variar.
Já não tenho o mesmo tipo de dia de trabalho que tinha antes, por isso sou livre de montar os golfinhos que quiser, para atravessar os mais diversos tipos de paisagens! Mas ainda tenho sonhos grandes e impressivos, embora já não esteja sempre a escrever sobre eles.
Foi no passado. Compus a totalidade do meu álbum basicamente em torno da natureza fluida dos sonhos e da memória, da consciência humana e da linguagem, de que dependemos para definir as nossas vidas. Hoje em dia essa inspiração ainda existe para mim, só que tenho estado a colocar o enfoque sobre a relação humana com a tecnologia.
«I’m never happier than when I can write about drained swimming pools and abandoned hotels», confessou J.G. Ballard à "The Paris Review". Alguma vez se sente mais feliz do que quando canta sobre sentimentos esvaziados e memórias abandonadas?
Gosta de ser associada aos estilos de Bat for Lashes, Fever ray, Zola Jesus, Florence and the Machine?
Não me importo minimamente com isso.
Conte-nos sobre o muito interessante projecto Auerglass, que partilha com Taua Auerbach...
Nós criámos um órgão de bomba bifurcada com dois teclados e dois sistemas separados de vento que só pode ser tocado quando estamos as duas presentes. Fizemos a estreia nos Deitch Projects no Outono de 2009 e tivemos desde então mais de 30 experiências de actuação com o órgão. É um projecto sobre a interdependência. Temos de confiar uma na outra para o fazer funcionar.
Contava com tamanha aclamação, do público e da crÃtica, relativamente ao álbum de estreia?