lançaram o vosso disco de estreia no mesmo ano que se formaram, em que iniciaram este novo projecto. Foi fácil traduzir para a música os vossos pensamentos da altura?
Isso não está inteiramente correcto – já vÃnhamos a trabalhar nesse disco há dois anos antes do seu lançamento, apesar de o fazermos enquanto Maudlin of the Well. Mudamos o nome para Kayo Dot muito pouco antes do lançamento do álbum, mas a música demorou muito tempo a ser criada.
Quão importante foi lançar esse disco, Choirs of the Eye na editora do John Zorn, a Tzadik Records?
Foi mesmo muito importante; mudou tudo para nós em termos do caminho da nossa carreira. Durante o tempo em que o Choirs of the Eye era o nosso álbum actual, vÃamos muitos novos tipos de pessoas nos nossos concertos e muitos novos interessados na nossa música e novas oportunidades. A audiência da Tzadik parecia apreciar muito e estar muito atenta à subtileza na nossa música.
Acho que estudar com o Yusef Lateef ensinou-nos realmente algumas novas formas de abordar a harmonia, e pode ter influenciado o nosso som ligeiramente. No entanto, hesitaria em dizer que afectou o nosso som de uma grande forma. A maior parte de nós tem um background em rock e em metal, e isso foi o que sempre transpareceu mais na nossa música, no entanto, talvez, de uma forma criativa.
Tendem a racionalizar acerca da vossa própria música, ou acham que, pelo contrário, a música rock tem de, de certa forma, libertar-se a si própria de demasiadas teorias e racionalização?
O vosso ultimo disco, Blue Lambency Downward, tenho a sensação que não foi completamente consensual entre os crÃticos e os vossos seguidores. Têm alguma explicação para isto? Estão satisfeitos com esse disco?
Nos últimos anos os Kayo Dot mudaram bastante os seus membros. Vês isto como um ponto negativo ou, pelo contrário, um ponto a favor, uma forma de explorar outras possibilidades, de trazer à banda diferentes perspectivas?
Os Kayo Dot têm tido uma história de mudança na formação da banda em cada álbum. Eu espero que isso possa parar mas no passado foi uma forma de sermos capazes de tentar diferentes instrumentações e ideias completamente novas. De uma perspectiva funcional, no entanto, torna muito difÃcil que possamos chegar a algum lado com a nossa carreira. [risos]
Considerando a vasta gama de território que normalmente exploram, achas que os Kayo Dot têm ainda muitos anos pela frente. Imaginam-se a tocar daqui a muitos anos?