O Neil Hagerty pegou na minha demo e desenvolveu os arranjos em total reclusão. Não quis sequer falar disso. Com o Brian Beattie falei muito mais e encontrámo-nos em diversas ocasiões para avaliar as primeiras versões dos arranjos, etc. Estive muito mais envolvido no conceito do novo disco como um todo.
Com a chegada de mais álbuns atribuÃdos ao teu nome, acreditas que os teus concertos poderão vir a ser compostos apenas por temas gravados como Bill Callahan e alguns de A River Ain’t Too Much Love, disco de certa maneira de transição? Esse cenário agrada-te?
Eu ainda adoro tocar todas as noites algumas das canções antigas. Já perdi a conta à s vezes, por exemplo, que toquei “Cold Blooded Old Timesâ€, mas nunca deixa de ser excitante.
Na preparação para esta digressão, foram repescadas duas ou três músicas do baú, para uma estreia ao vivo, como aconteceu em ocasiões anteriores? Ou sentes-te mais entusiasmado com o novo material e como esse pode funcionar com a nova secção de cordas?
Durante esta digressão, estou mais concentrado em adaptar as músicas ao ambiente das salas de espectáculo e à disposição da banda, e menos na possibilidade de recuperar alguns temas obscuros.
Sinto curiosidade em relação ao facto de experiências passadas terem contribuÃdo para uma maior abertura a colaborações. Algo como a Drag City Supersession ou o trabalho com Jim O’Rourke incentivou-te a procurar o envolvimento de outros músicos nos teus álbuns?
Tornei-me mais receptivo à ideia de colaboração, desde que senti a certeza firme de que, aos meus olhos, era capaz de fazer boa música sozinho. A partir daÃ, estava preparado para receber os outros no meu processo.
Agora que já passaram alguns meses desde o lançamento de Sometimes I Wish We Were An Eagle, constataste alguma diferença nas reacções? Este segundo álbum com o teu nome contribuiu para que mais pessoas aceitassem o tipo de música que tocas agora?
Que novidades tens do disco ao vivo? Que tipo de músicas serão incluÃdas?
Acabei de misturá-lo com o John. Deve sair em 2010. Acho que ficou óptimo.
Considerando o facto de só teres trabalhado com pautas de música, quando gravaste a cover de Judee Sill “For a Rainbowâ€, procuraste explorar uma versão que reflectisse a maneira como ela o teria feito ou como achas que ela gostaria de encontrar a sua canção?
Eu não tentei fazer a música seguindo essa primeira possibilidade. Eu tinha uma versão da música, que representa mais ou menos a maneira como a imaginava a tocá-la, mas era tão fácil ir por aÃ… Por isso, tentei aprofundá-la, esticando-a lentaaaaaamente como um graaaaaande eláááástico, que a certa altura se parte.
Podes referir alguns daqueles “50 filmes que já viste vezes sem conta�
Eu podia viver dentro do Rocky.
Não sei bem porquê, mas “Fly Like An Eagle†da Steve Miller Band recorda-me o tÃtulo deste novo disco. Gostas da sua música?