Foi certamente bom andar a tocar as mĂşsicas a cada noite, porque já as conhecĂamos de trás para a frente, mas, ironicamente, as que acabámos por trabalhar nessas sessões nem sequer tinham vindo a ser tocadas em concerto – acabámos por “amanhá-las” na hora quando entrámos em estĂşdio com o Dave (Sitek) e o Chris (Woodhouse).
Como se sucedeu a produção do Dave Sitek nas faixas incluĂdas no novo disco? Apreciavas peculiarmente alguma das suas produções anteriores?
E como foi ter o Chris Woodhouse a gravar-vos em SĂŁo Francisco? Ouvi dizer que estava semi-retirado do mundo da mĂşsica ultimamente. Tinhas já apreciado o trabalho dele quando gravou as tuas guitarras incluĂdas no The Island of Jocks and Jazz de Hospitals?
Continuaram a desenhar monstros entre a conclusĂŁo do Sucks Blood e o inĂcio das gravações de The Master’s Bedroom is Worth Spending a Night In? Descobres especial inspiração num dos monstros daquele perĂodo clássico da Universal?
Eu desenho quase exclusivamente monstros. Em resposta à segunda questão, tenho mesmo de referir que o Lobisomem teve um enorme impacto em mim enquanto criança, ao ponto de eu desejar ser um. Teria sido a cena mais fixe. Contudo, não tenho praticamente pêlo no corpo. Nem sempre podemos ter aquilo que desejamos.
Foi surpreendente testemunhar as reacções da Brigid às exigências do novo disco ou tinhas já consciência total da versatilidade assumida pela voz dela?
Ela surpreende-nos a todos. Quando pega numa canção, tem sempre a sua própria abordagem que leva muitas vezes a ideia inicial por uma direcção totalmente inesperada. Adoramos a Brigid.
Músicas como “Quadrospazzed parecem mais abertas à possibilidade de se tornarem mais longas quando tocadas ao vivo? Sentem-se ultimamente mais tentados a tentar alongar as jams tendo estas novas canções por base?
Podias esclarecer-me um pouco mais quanto aos field recordings incluĂdos no Sucks Blood?
Tudo isso foi da responsabilidade do Patrick Mullins. Fez algumas das gravações num campo situado nas traseiras da nossa casa. Sendo que os espanta-espĂritos e aviões foram todos momentos de sorte que ele captou.
Como foi tocar no festival SXSW este ano? Tiveste a oportunidade de ver algumas outras bandas?
Estás de alguma forma entusiasmado com o facto do Brian Chippendale (baterista de Lightning Bolt) vir a tocar no próximo disco de Lee “Scratch” Perry?
Não consigo resistir a perguntar-te acerca de qual era a real intenção daquele mitra quando pegou no microfone antes daquele url:http://www.youtube.com/watch?v=3Gj1SSoWWhA text:lendário momento se tornar na situação “Holy Shit” que encontramos no DVD dos Coachwhips?
O gajo nem sequer era um mitra. Era o promotor do concerto. Chamava-se Dan qualquer coisa. Acho que estava a tentar interromper a actuação. Ainda hoje não sei ao certo.