Christian Vander no seu apartamento escuro, só com uma bateria, um piano e um Ferrari. Ele ouviu-me a cantar Otis Redding e convidou-me para uma digressão estival pelo sul da França. Lembro-me de ter que aprender muito depressa a contar ritmicamente e a cantar Kobaien (lÃngua inventada por Christian Vander) em harmonia.
A partir de aà trabalhou ao lado de vários músicos. Existe algum que lhe tenha ficado na memória por alguma razão especial?
Primeiro escrevemos as canções, depois ensaiamo-las e desenvolvemo-las no meu salão e durante concertos. Quando o Ed Motta chegou a Londres para realizar o disco, ensaiamos mais dois dias durante os quais ele levou as canções ainda mais longe. Gravamos num estúdio grande com cabine de bateria, percussão, e assim a secção rÃtmica pode gravar junta como num concerto. Isso traz um som excitante, espontâneo, quente à s canções. Como teclados utilizamos o Fender Rhodes, Moog, Prophet8, Solina, B3, Clavinet, um Fender Jazz Bass, secção de sopros, quarteto de cordas. Enquanto que no primeiro álbum o som era tecnicamente extremamente sofisticado, programado, processado, com loops; no segundo não houve programação, edição, compressão e o mÃnimo de efeitos. É vintage, cru e nu.
Presumo que exista um significado especial no tÃtulo do disco. O que nos pode contar acerca disso?
Os músicos de Jazzinho, o seu grupo, são ingleses e brasileiros residentes em Londres. Como gere essa mistura de influências? Presumo que a seu favor…
Jazzinho já actuou em salas como o Jazz Cafe (Londres), Joe's Pub (NY), Festival de Jazz de Montreal ou o La Paloma em Roma. Estes locais representaram especial responsabilidade em termos de actuação?