Sei que contribuÃste com alguns samples para este álbum de Holy Smokes. De que forma esses encontraram lugar no disco? Terá acontecido sentires que uma faixa quase completa necessitava dos samples ou possuÃas previamente essas texturas que, por acaso, vieram a enquadrar-se perfeitamente em “No Diceâ€?
Não sei ao certo. Parte do sampling foi feito durante uma gravação que eu e o Zach fizemos junto a um rio com duas boomboxes. Mais tarde, transferi-a para o meu computador e efectuei alguma mistura e edição. Uma grande quantidade dessa foi utilizada em várias faixas de Holy Smokes, tal como noutros trabalhos.
Creio que era um desejo colectivo tentar fazer deste um disco mais sólido e, de certo modo, catchy, sem deixar de ser verdadeiro face ao seu mundo paralelamente bizarro. Acabou por tomar esse rumo. Não sei se alguma vez debatemos qualquer direcção especÃfica a tomar.
Masculine Drugs mantinha aquela aliança conceptual ao livro que o Zach fez. Este parece-te conceptualmente associado a alguma coisa?
Espero que os discos que fazemos estejam ligados a qualquer coisa. Sei o que o disco no seu todo representa para mim, mas imagino que o Zach e o Dan (Elkan), que escreveram as letras apropriadas ao tema, tenham uma ideia ligeiramente diferente. Ou talvez não. Talvez a ideia possa mesmo ser comum a todos.
És capaz de apontar as principais diferenças adoptadas pelo Zach na aproximação aos Hella e aos Holy Smokes?
A solidez do Elf-Title contribuiu muito para que os Advantage superassem aquela ideia de serem apenas uma novelty. Sentes que as pessoas já se convenceram de que continuarão a lançar discos? Que qualidades te parecem mais apetecÃveis de serem exploradas com vista a manter a frescura das versões Nintendo?
Sempre me questionei sobre a hipótese de, ao vivo, tentarem espontaneamente utilizar músicas de nÃveis que não chegaram a constar dos dois discos, mas cujos jogos surgiram no vosso reportório. Por exemplo, tocarem de seguida os nÃveis 2, 3 e 4 do Double Dragon III. Isso seria um desafio irreal?
A Contra’s Boss Music, surgida no vosso disco Elf-Titled, será dos momentos mais intensos que escutei em disco no ultimo ano. Recordas-te de como se tornou uma música de Advantage? E fazes ideia de quanto tempo tiveram de ensaiá-la para sincronizar todas aquelas mudanças de andamento?
A resposta para esta seguinte questão deve surgir algures, mas importa saber se receberam algum feedback directo da Nintendo face às vossas versões?
Que podes adiantar em relação ao próximo disco de Crime in Choir?
Já não estou envolvido com os Crime in Choir, mas tive a oportunidade de escutar uma versão não-misturada do novo disco. Será bom, certamente. Óptima gravação, um som realmente polido.