"An opus to loneliness and isolation". É assim que se apresenta o lançamento que contém duas novas peças de Former Selves, o projecto do "paisagista ambienalista" Paul Skomsvold. Algo que faz sentido considerando que o EP em se chama Morriña, uma palavra galega que se descreve a saudade de algo que já não existe.

Dividido em dois extensos temas, intituldos "Morriña" e "Duende for Galicia", o registo apresenta-se como uma espécie de sinfonia em dois andamentos onde as field recordings e os drones são donos e senhores de todas as operações.

Com quase trinta minutos, Morriña soa gigante, épico, catalisador de emoções. Tanto um "Morriña" como "Duende for Galicia" parecem fruto de explorações continuadas, resultado de um trabalho apuradíssimo de construção de ambientes. Nada parece deixado ao acaso.