DISCOS
Sensible Soccers
Sensible Soccers EP
· 19 Out 2011 · 09:43 ·
Sensible Soccers
Sensible Soccers EP
2011
AMDiscs
Sítios oficiais:
- Sensible Soccers
- AMDiscs
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Quatro jogadores não formam uma equipa, mas fazem um belo disco.
Futebol é vida, é paixão, é arte, é a magia do golo, é o grito por gritar quando a bola bate na trave, é o céu reflectido no azul das camisolas da única equipa que interessa apoiar, é um puto que no conforto de casa liga a Playstation e se mete em fintas imaginárias a jogadores virtuais, é uma faixa muito rudimentar a dizer "Ultras Alverca", é uma laranja que não acertou no autocarro dos adeptos do Leiria aqui há uns anos. É também a temática à volta dos Sensible Soccers, não só por causa do nome - retirado de um videojogo da época em que os videojogos tinham piada - mas também por causa de "Missé Missé", que é sem dúvida a melhor faixa deste EP.
Sem desprimor para as outras, evidentemente. As belíssimas guitarras em "Wild Piano" e "Fernanda" (resquício da chillwave) também terão uma palavrinha a dizer, bem como o momento mais krautpunk de "Twin Turbo". Mas o camaronês marca um golo incrível naqueles sete minutos de electrónica delicada e certeira. Música ambiente que quase poderia ser um cântico. A repetição, especialmente na guitarra, é aqui essencial, bem como em "Wild Piano" e até certo ponto nas duas outras: uma espécie de ola mexicana, que vai crescendo e coloca todo o estádio a cantar ali por volta dos cinco minutos.
Assim se encontra este EP de estreia; como um júnior lançado num jogo do campeonato a dez minutos do fim e ainda tem tempo para encantar, um James Rodríguez dos EPs nacionais de 2011. Traduzindo por miúdos, as canções são belíssimas e deixam antever boas coisas. Mas porque o futebol é também fidelidade, quase sempre levada ao extremo, há que dizê-lo aqui e agora: a música dos Sensible Soccers não interessa para nada se eles não torcerem pelos azuis. É assim o futebol.
Paulo CecílioSem desprimor para as outras, evidentemente. As belíssimas guitarras em "Wild Piano" e "Fernanda" (resquício da chillwave) também terão uma palavrinha a dizer, bem como o momento mais krautpunk de "Twin Turbo". Mas o camaronês marca um golo incrível naqueles sete minutos de electrónica delicada e certeira. Música ambiente que quase poderia ser um cântico. A repetição, especialmente na guitarra, é aqui essencial, bem como em "Wild Piano" e até certo ponto nas duas outras: uma espécie de ola mexicana, que vai crescendo e coloca todo o estádio a cantar ali por volta dos cinco minutos.
Assim se encontra este EP de estreia; como um júnior lançado num jogo do campeonato a dez minutos do fim e ainda tem tempo para encantar, um James Rodríguez dos EPs nacionais de 2011. Traduzindo por miúdos, as canções são belíssimas e deixam antever boas coisas. Mas porque o futebol é também fidelidade, quase sempre levada ao extremo, há que dizê-lo aqui e agora: a música dos Sensible Soccers não interessa para nada se eles não torcerem pelos azuis. É assim o futebol.
pauloandrececilio@gmail.com
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