Optimus Alive 2012
Passeio Marítimo de Algés
13-15/07/2012
Existem muitas coisas que estão alive. Uma delas é o festival da Optimus, que de ano para ano cresce, floresce, renasce, potencia reuniões há muito esperadas, torna-se local de paragem obrigatória para turista ver - e eles eram às centenas -, enche o passeio marítimo de Algés de música, de comunhão, de vida. Outra são, infelizmente, os Pearl Jam. Mas enquanto se dão graças por estes não terem vindo, fale-se do Optimus Alive como o maior evento de música urbano do país - que é - ou como o local onde, pelo menos a nível musical, qualquer pessoa, de betos a punks a betos punks encontra o seu quinhão de felicidade auditiva em qualquer um dos três palcos do festival. Às vezes, até no pórtico de entrada ou no coreto. Para quaisquer outros tipos de felicidade, basta fitar o fundo de um copo outrora cheio de cerveja. E/ou reenchê-lo. Paulo Cecílio
1º dia
Rory Phillips é um DJ e não há muito mais a dizer sobre ele - a curiosidade pelo que nos é desconhecido, sempre forte neste género de festivais, não aguentou, no seu caso, mais de quinze minutos. Não porque fosse mau: mas porque cinco da tarde não são horas para se ouvir house, como o atestam as poucas dezenas que na tenda electrónica preferiam dormitar ou dedicar-se ao Instagram ao invés de abanar o corpo em trajeito hedonista. Ou, como nós, procurar a felicidade. Não a auditiva. Das outras.
...then, hailing from Coimbra, The Parkinsons started their show at the secondary stage. And they´re good: they play fast, noisy punk rock songs, are able to connect with most of the kids who went there to see shitty acts, and have what´s absolutely necessary in these types of bands: huge amounts of energy onstage. However, we can only criticise the lead singer´s lack of patriotism when he decided to start speaking in english instead of his beautiful and native portuguese. Why? Seriously, why? Was it because many in the audience were foreigners and you want to be known internationally at any cost, completely forgetting your roots? For shame, you bunch of sellouts. For shame. Paulo Cecílio
Não estive muito concentrado no concerto de Danko Jones, cuja actuação já tinha começado quando cheguei do concerto de Parkinsons, mas do pouco que vi e ouvi posso dizer que os canadianos estiveram bem. Tocaram versões de Black Sabbath e Beastie Boys, fizeram uma dedicatória a vários dos grandes (Johnny Cash, Joe Strummer, Adam Yauch, Ramones…) e ainda uma vénia aos Refused, que haveriam de partir a loiça toda pouco depois. Ah… e também tiveram a atitude mais rocker da tarde: quando a organização mandou os fotógrafos arrumarem as máquinas e bazar do palco, o vocalista (Danko, himself) disse para os profissionais de imagem regressarem, prometendo-lhes o melhor concerto de rock n’ roll da vida deles, antes de entrar numa sucessão de poses que fez as delícias de todos, dos que têm grandes canhões aos que gostam de partilhar momentos Instagram. Hugo Rocha Pereira
O tempo começou soalheiro, típico de festival de Verão, com o sol a aquecer os corpos, mas por volta das 19:30 o céu começou a ganhar tons cinzentos, com as nuvens a anunciarem algo. Podia ser chuva, que chegou a tornar-se irritante durante boa parte da noite; podia ser também a actuação duma (renascida) banda sueca de hardcore que pratica um som pouco galhofeiro. Seria uma espécie de intermezzo num dia sem concertos especialmente vibrantes (salvo honrosas excepções) e em que as bandas vencedoras fazem a festa pela festa. Os Refused basearam o seu set no seminal (fica sempre bem dizer isto dum álbum que criou um mito) The Shape of Punk to Come, editado em 1998, ano de desmembramento da banda. Significa isto que a maioria dos presentes em Algés estava pela primeira vez a dar encontrões ao som de malhas tão subversivas como Liberation Frequency, New Noise ou Summer Holydays Vs. Punkroutine. A propósito desta última, em que se grita «Rather be forgotten than remembered for giving in», o vocalista Dennis Lyxzén (que partiu corações de machos e fêmeas) fala um pouco do (polémico) revival: recorda o tempo em que eram uma banda punk insignificante, tocando em casas okupadas e pequenos clubes, antes de apontar a ironia que os faz percorrer grandes festivais quatorze anos após a separação. Opção sell-out?! Eu não tenho nada contra, até agradeço a oportunidade de ficar com o pescoço todo dorido. Mas também encontro a ironia de que ele fala ao ver hipsters que desprezam o hardcore e qualquer ideologia revolucionária abanarem as ancas ao som de músicas tão extremas, tanto lírica como musicalmente. Como ouviria mais tarde, da boca dum tipo com aversão a fotografias, «eles eram uma banda de hardcore normal, depois lembraram-se de fazer um disco incrível que mistura HC com techno, free jazz e spoken word – e são a melhor banda do mundo!». Parte disto pode ser discutível, mas uma coisa é certa: os suecos deram o melhor concerto do dia inaugural desta edição do Alive. Pena o som ter estado um pouco baixo e terem actuado no palco principal e não no contexto mais acolhedor da Heineken. Os concertos de HC pedem uma maior proximidade entre as bandas e o público, certo? Hugo Rocha Pereira
Transpirado como estava após a insurreição de Refused, o organismo clamava por hidratação. Como não havia luz na zona de imprensa, tive que trocar uma loira por um Trina de maçã. Perdido por um, perdido por mil: por mais que os Snow Patrol repitam Light Up, as suas músicas dão-me vontade de cortar os pulsos, pelo que me desloco até à outra ponta do recinto para desanuviar com os Malucos do Riso (ou os Batanetes) da música contemporânea. Os LMFAO são uma anedota requentada dos figurinos à ponta dos cabelos, passando pelas coreografias. Definem o seu estilo sonoro como party rock!?!?, mas a música acaba por ser um mero pormenor no meio das bóias e bolas insufláveis que nos pretendem transportar para Miami Beach. Senti-me mais num circo em que o único artista é um ilusionista nostálgico dos anos 80 e cujo fabuloso truque (intitulado Little Milfs Fuck Android Origami) consiste em camuflar um enorme vazio criativo. Hugo Rocha Pereira
O contrato leonino imposto pelos Stone Roses fez com que escassos fotógrafos furassem o boicote à banda de Madchester. Mesmo com atitudes foleiras destas, os britânicos continuam a querer ser adorados, como afirmam na (intemporal) música com que abrem o alinhamento, em comunhão com os fãs, embalados por atmosferas que misturam pop com psicadelia e batidas dançáveis. Tocaram hits atrás de hits ("She Bangs The Drums"; "Waterfall"; “Fool´s Gold”…), desenrolaram uma longa jam e Ian Brown passeou junto da primeira fila, de onde transportou uma bandeira portuguesa até à bateria bateria. Mas tudo isto foi feito em piloto automático, com pouca entrega ou convicção. Hugo Rocha Pereira
Quem nunca entra em piloto automático e faz da entrega uma arma de animação massiva são os Buraka Som Sistema, que transformaram o palco Heineken numa gigantesca pista de dança. Aqui a festa é rija, alicerçada em batidas que obrigam cada músculo do nosso corpo a mexer. Os agitadores Kalaf, Blaya e Conductor, secundados pelos instrumentos (analógicos e digitais) de Fred, Riot e J-Wow começam com “Hangover (BaBaBa)” e outros temas do mais recente Komba. E nem mesmo quando fazem inversão de marcha até aos primeiros trabalhos tiram o pé do acelerador. ”(We Stay) Up All Night”, proclamam eles; e o Alive não se deita antes do colectivo que exportou a Buraka para o mundo ir embora. Hugo Rocha Pereira
Já depois dos Refused estoirarem com o palco principal, os Snow Patrol e os LMFAO terem proporcionado aquilo a que comummente se apelida de hora do jantar e os Stone Roses terem afastado a chuva miudinha que caía sobre Algés, o duo francês Justice quis provar que o electro house não morreu. Falhou miseravelmente. Se é verdade que não faltaram êxitos - da "Tocata E Fuga" de Bach a "D.A.N.C.E.", "DVNO", "Stress", "We Are Your Friends", até ao desempoeiramento das Mega Drives lá de casa para uma versão quase dançável do tema do mítico Columns - por outro lado a insistência absurda, apanágio de tantos e tantos produtores e DJs, de passar do oito ao oitenta em breves segundos, ao invés de apostar num crescendo contínuo e numa explosão final de beat, acabou por esfriar quaisquer vontades de partir a louça ou expectativas que se tivessem antes do concerto. Num clube chic francês, a tocarem para cem ou duzentas pessoas, talvez resulte melhor que num palco tão enorme para apenas duas pessoas e uma cruz (que carregam às costas a partir do momento em que o álbum de estreia era uma verdadeira colecção de malhões de dança: nunca o haverão de superar). Ou, quem sabe, talvez tivesse resultado no palco secundário. Bandas de stadium house decentes só existiu uma; os grandes KLF, pois claro. Paulo Cecílio
Já a madrugada caía quando, por entre corpos sucumbidos pelo cansaço e outros ainda a batalhar por um momento mais de alegria, os Death In Vegas se apresentam no palco secundário, numa altura em que a vontade de ouvir música é menos que nada: há que pensar na melhor forma de chegar rapidamente a casa e descansar de um primeiro dia duro, culpa de um grupo de suecos vegan. No entanto, e que não se registe para a posteridade - apenas a título de curiosidade - a última canção dos Death In Vegas, guitarra ácida com teclados techno a acompanhar, soube bem enquanto se liam os horários dos primeiros comboios. Que, graças ao nosso miserável governo, não ajudam como deveriam ajudar quem precisa. Ainda assim e sem qualquer noção de patriotismo (agora pode-se dizer que aquilo ali em cima sobre os Parkinsons era sarcasmo), há que escrever acerca do festivaleiro britânico que comentava, na estação de Algés, entre outras barbaridades, que o que Portugal merecia era um regime fascista. É pena que às quatro da manhã, depois de tanta gritaria e dois maços de tabaco, não reste saliva para um escarro no rosto de filhos da puta. Paulo CecílioAquando da notícia do cancelamento de Florence + The Machine muitos foram os que - se não se indignando com questões estúpidas - choraram a não-vinda da "voz", como se não houvesse outra garganta para além da de miss Welch. Os fãs acérrimos desta podem não acreditar, mas elas existem: uma delas abriu o palco secundário com um dos melhores concertos que o festival acolheu este ano. Lisa Hannigan foi extraordinária na apresentação da sua folk perante um público bem composto (tendo ela própria ficado surpreendida com tamanha moldura humana), canções onde não só esta raiz mas igualmente outros géneros ou, como fazer de um bandolim uma coisa altamente rock n' roll, couberam durante os cerca de quarenta minutos com que deixou estarrecidos os presentes. No final a sensação era uma apenas; se a tivessem transposto para o palco principal em vez de repescar os velhinhos Morcheeba teriam aqui algo para mitificar para sempre o Optimus Alive. Assim, foi apenas uma excelente surpresa - venham mais assim - e não uma oportunidade para educar plebeus. Paulo Cecílio
Logo após os We Trust colocarem, uma vez mais, meio mundo a cantar "Time (Better Not Stop)", no palco principal, os The Antlers subiram ao palco Heineken para, também eles, proporcionarem um belo concerto. Sendo verdade que para muita gente Hospice é um dos melhores discos da década passada, não menos é que muitos outros olham para os Antlers como apenas mais-uma-banda-indie-choninhas; no entanto, ao vivo o quarteto de Brooklyn supera quaisquer falhas que se possam encontrar em disco e enchem o espaço de maravilhoso ruído pop a que chamaremos doravante slowgaze, se é que este rótulo não tem já copyright. Com o falsete de Peter Silberman a arrepiar caminho por entre o reverb das guitarras e as espinhas dos presentes, os Antlers tocaram longas canções que devem tanto aos Low como aos My Bloody Valentine, e proporcionaram um concerto bastante agradável - quando não superior. Se se lhes era exigido alguma coisa não se sabe, mas os Antlers ofereceram tudo quanto tinham. Para gáudio nosso. Paulo Cecílio
Os Mumford & Sons mostraram-se muito felizes por estarem a tocar pela primeira vez em Portugal. Alguns deles vestem coletes e, embora estejamos à beira-Tejo, somos transportados para prados verdejantes e com cavalos à solta. Pelo menos é isso que me vem à cabeça perante aquele figurino e as harmonias folk da banda liderada por Marcus Mumford – o pai espiritual. Mas confesso que prefiro as músicas do Éme sobre adormecer onde não se deve e depois acordar todo estranho. Não é que estes ingleses sejam intoleráveis. Não ofendem ninguém, mas também não cativam por aí além. Pode não ser mau para ouvir à lareira enquanto se bebe Bushmills durante uma noite chuvosa, mas não entusiasma muito num final de tarde em pleno Verão. A música que, ainda assim, mais se destacou foi “Dust Bowl Dance”, que começou a capella e terminou após uns momentos de fúria, como se uma violenta tempestade emocional se tivesse abatido sobre o Palco Optimus. Hugo Rocha Pereira
Antes dos Morcheeba (substituíram Florence + the Machine, que cancelou o concerto por alegados problemas nas cordas vocais) subirem ao palco fui ver se a minha massa havaiana estava pronta. (Dica importante para quem não quer passar fome na zona de imprensa: se disserem que faltam quarenta minutos para o vosso pedido estar pronto – aqui há horas de ponta como em qualquer outro lado –, não perdem nada em passar por lá uns vinte minutos mais cedo. Há sempre pessoal que se esquece ou deixa passar a vez. Não tem nada de mal: assim a comida não arrefece e despacham-se para ver os concertos.) Voltando aos palcos, até cheguei a curtir algumas cenas de Morcheeba, principalmente na altura de Big calm e Fragments of Freedom, mas já nessa altura os britânicos alinhavam numa espécie de segunda liga do trip-hop. Em 2012, apesar do regresso da emblemática vocalista Skye Edwards, têm ainda menos relevo. Mesmo assim, soube bem recordar a sensualidade calma de “The Sea” ou a toada mais reggae/dub de “Otherwise” antes de passar ao prato principal da noite. Hugo Rocha Pereira
Ouvi dizer que Tricky andou no meio do público a ver uns concertos. Horas depois haveria de subir ao Palco Heineken para proporcionar um dos momentos altos do Alive’12. Tinha ficado bastante desiludido ao saber que Martina Topley-Bird afinal não o acompanharia a Portugal, pelo que o concerto não seria integralmente dedicado ao incontornável Maxinquaye, mas ao fim de uma hora e um quarto bem intenso “frustração” era o último pensamento que me ocorria. Um sample de Nina Simone anunciava que o Tricky Kid estava bem disposto. O sorriso no rosto e a cerveja ao alto confirmavam-no. Já a fumaça que lhe saía da boca tratava de contaminar as batidas, narcóticas, pesadonas. De "Really Real" a “Where I’m From”, Tricky pode até transmitir alheamento ou abstracção, em danças que parecem lutas consigo próprio, mas sabe perfeitamente que um concerto é feito das trocas de energia entre o palco e o público. Quando toca o malhão incrível que é “Black Steel” (perdoem-me a heresia, mas esta versão supera o original de Public Enemy) podemos pensar que é cedo demais para lançar um trunfo destes… mas de seguida volta a jogar forte: puxa dum ás de espadas – outra versão, esta vez do clássico de Motörhead – e convoca o pessoal a partilhar o palco pela primeira vez. Se agora houve quem pulasse e fizesse headbanging ou partilhasse o micro com ele, no fim do concerto foi o próprio Tricky a pairar sobre as cabeças dos fãs. Entre estes dois momentos a coisa acalmou um pouco, com “Puppy Toy” ou “Past Mistake”. Depois houve ainda lugar a encore para aqueles que não foram procurar antídoto para tanto veneno. Hugo Rocha Pereira
Enquanto os Cure desfiavam hits duma recheada carreira, a jovem Katy B (de belo-pedaço-de-mau-caminho?) fazia o Palco Heineken saltar ao som de temas originais e alheios, como no medley em que se sucederam “Who Let the Dogs Out”, “Show Me Love”, “Jump Around” (de há uns anos a esta parte toda a gente passa o hino dos House of Pain) ou “Sweet Dreams”, dando um toque de dubstep ao tema de Eurythmics. A jovem inglesa foi a todas, aliás, da electrónica ao pop e ao R&B, em canções como “Perfect Stranger” ou “Lights On”, num misto de concerto com live act celebratório. Hugo Rocha Pereira
Para os The Cure algo é mais do que certo: não se fazem canções como antigamente. Daí que durante três horas que, ao contrário do que se vaticinava, não se revelaram secantes em ponto algum - e que os vários desistentes não se atrevam a dizer o contrário, pois claramente não têm estaleca para tamanha demonstração de afecto, já que os Cure têm de ser apreciados agarrados a mulheres bonitas (ou homens) para que se possa sentir todo o romantismo em seu torno -, a ênfase tenha sido colocada sobretudo nos discos do período áureo da banda britânica, a década de 80, onde foram discutivelmente uma das melhores bandas do mundo - basta ouvir Pornography ou Disintegration. "Plainsong" e "Pictures Of You" deram o mote, "Lovesong" e "Just Like Heaven" viriam a seguir, "Friday I'm In Love" colocou compreensivelmente todos a cantar em uníssono e o ritmo hipnótico de "A Forest" juntamente com a suicidária "One Hundred Years" seriam os grandes momentos da primeira parte do concerto, estando reservados três encores de onde se destacam especialmente a infalível "Boys Don't Cry" e "Killing An Arab" em registo hard, a fechar. Enorme na duração, no sentimento, e na música: os The Cure merecem cada pedaço do culto que têm. Bandas assim nunca chegarão a velhas. A restante noite viveu na dúvida sobre qual dos dois ignorar mais: se James Murphy se os Blasted Mechanism. Paulo CecílioAntes da esperada enchente, os Laia abriram, no terceiro dia, as hostilidades do palco Clubbing, por volta de umas desidratadas e sonolentas cinco horas da tarde. Apesar da proposta ser interessante - pós-rock tingido com guitarras portuguesas - a vontade não era a mesma com que se iniciou este festival, sendo que as poucas forças tinham de ser reservadas para daí a horas presenciar os Radiohead da melhor maneira possível. Que fique então registado: o quinteto Lisboeta não é mau e teve uma boa recepção. Nós é que estávamos completamente desaparecidos. Mas adiante. Os PAUS, entre ritmo e palavra parca, entre teclas e baixo agressivo, puseram a dançar os bastantes que se aglomeravam já como sardinhas numa caixa de lata esmagada, mas infelizmente não os conseguiram, como pedia Joaquim Albergaria, despir. Medo de ladrões de corpos, quiçá? Dedicam "Deixa-me Ser" a João Fradique, um fã já-não-tão-anónimo que lhes havia entregue uma carta antes do início do concerto, e terminam com "Pelo Pulso", já depois de Makoto Yagyu ter andado a passear por cima da multidão como é seu apanágio. Não foi o melhor concerto que deles já se viu, mas teve tudo no seu sítio certo.Paulo Cecílio