Topes. Não podemos com eles, não podemos viver sem eles. Casa que é casa apresenta os seus, não só porque há quem espere que os façamos mas também porque a verdade é que nestas coisas cada um quer dar a sua colherada. É altura de balanços, de puxar pela memória ou simplesmente abrir as portas para que os discos cheguem automaticamente ao pensamento. Alguns chamar-lhe-iam notoriedade (mas isto não é nenhum estudo de mercado), outros preferem chamar-lhe “discos inesquecíveis” – nós, orgulhosamente. É provável que em 2007 todos se arrependam das suas listas e pensem em refazê-las, riscar tudo e começar do zero, mas a verdade é que urge por nomes às coisas. É um trabalho sujo – é verdade -, mas alguém tem de o fazer. Obviamente alguém se apressará a dizer que isto é tudo como nos concursos de beleza em que as mais formosas não chegam sequer a aparecer mas esta é a primeira e única regra dos tops: não existem regras. Todas as outras ainda estão para ser inventadas e entretanto há que prosseguir com a marcha. É favor escolher uma ou todas as quatro portas que aqui se apresentam que isto só acontece uma vez por ano. André Gomes