Guia Musical Bodyspace – Madrid
· 28 Jan 2012 · 17:24 ·
© Abel Hernández

Não estou muito actualizado no que diz respeito a clubes e demais. Para além de ir a concertos, não saio demasiado e quando o faço gosto de ir aos sítios de que gosto há muito tempo. Mas Madrid é uma cidade onde sair para ir a bares e a concertos e para dançar não é um problema em praticamente nenhum dia do ano. A cidade levou muito a sério os temas da Movida (o movimento contracultural artístico e sobretudo musical de princípios dos anos80): “Madrid nunca duerme”, “Madrid me mata”, etc. Não precisam de muito mais conselhos do que o de perderem-se pelo centro e, talvez, consultar alguma página sobre concertos e clubes. Bares há por todos os lados e muitos fecham tarde. Mas vou tentar dar-vos umas quantas pistas.

Para começar a noite podem beber alguma coisa no Picnic (Pez, 36), onde por vezes há pequenos concertos, ou ir ao El Búho Real (Regueros, 5), uma pequena sala de concertos acústicos e às vezes de novos e interessantes valores locais. O bairro de Malasaña é, desde os tempos da Movida, o turbilhão alternativo e rockeiro. Agora tornou-se mais chic mas ainda há bares com as caracteristicas típicas da zona como o La Vía Láctea (Velarde, 18), Nueva Visión (Velarde, 5), Garage Sónico (Plaza Dos de Mayo), Tupperware (Corredera Alta de San Pablo, 26), Freeway (San Vicente Ferrer, 7) ou o Louie Louie (La Palma, 43). Além disso têm o Nasti (San Vicente Ferrer, 33), clube indie-moderno por excelência, com boa programação de concertos e DJs, regra geral locais, até de madrugada. O Siroco acaba de reabrir depois de uma reforma e volta à cena nocturna e de concertos com muita força. Dos bares indies recentes, o prémio vai para o Fotomatón (Plaza del Conde Toreno) e a sua programação de concertos.

Outras salas interessantes para ver concertos ao vivo são: Neu! Club (na realidade é o nome de uma certa programação alternativa na sala Galileo Galilei, calle Galileo, 100, com muito bom som), Moby Dick (na Avenida de Brasil, outra zona de copos, algo afastada do centro), a veterana El Sol (Jardines, 3) que leva já 30 anos de concertos. Se os vossos passos se encaminharam para o El Sol, não é difícil que se vejam atraídos por dois locais na sua órbita onde também se programa concertos ao vivo, o Costello Club (Caballero de Gracia, 10) e o Wurlitzer Ballroom (Tres Cruces, 12), onde se pode estar até muito tarde. A jóia da coroa dos concertos ao vivo em Madrid é o teatro Joy Eslava (Arenal, 11), que apenas recomendo como sala de concertos. Muito perto do Joy, La Boite (Tetuán, 27) e Charada (Bola, 13) também programam por vezes concertos interessantes apesar de serem mais discotecas. Não é má ideia dar uma olhadela na programação do teatro Lara. Para artistas maiores e pior som terão que ver quem toca na La Riviera (Paseo Virgen del Puerto).

No que toca a comprar discos, é uma tarefa cada vez mais complicada fora das grandes superfícies. Recentemente fechou a CD-Drome, a loja emblemática dos últimos anos para comprar música alternativa e não me atrevo a assegurar que todas as que vos recomendo estejam ainda abertas, nem sequer no momento em que estou a escrever isto: Escridiscos (Navas de Tolosa, 4), rock‘n’roll, Power Pop, alternativa em general, Rock & Roll Circus (Conchas, 4), Ama Rercords (Mercado de Fuencarral, calle Fuencarral, 45) especializada em música de dança e electrónica, Rotor (Gran Vía, 40 6º), com músicas de vanguarda, Up Beat (Espíritu Santo, 7) música negra sobretudo dos anos 60 (Reggae, Ska, Northern Soul, Funk, viejo Blues, Jazz, Dub…); entre as lojas de segunda mão tenho de recomendar, como não, a La metralleta (Plaza de las Descalzas). Perto dessa loja encontrarão algumas outras como a Yunke (Bordadores, 3). Muita sorte.
Abel Hernández - El Hijo

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