Anatolian rock. Basta isso para se perceber o que se passa e para soltar uma pequena pinguinha de emoção. E é impossível não deixar que as memórias viagem ao passado com lembranças de outras vozes do rock turco mais virado para o psicadelismo. Olhando para a capa, então, é impossível não pensar em Selda Bağca.
Para o seu primeiro EP, a cantora Derya Yıldırım juntou-se à baterista Greta Eacott (G-Bop Orchestra / One-Take records) e a uma banda que, tudo somado, junta músicos da Turquia, Alemanha, França, Itália e Reino Unido. O groove todo que se encapsulou neste registo tem várias mãos e de vários países.
Em quatro temas, dois são versões e outros dois são originais (ainda que busquem inspiração ou palavrasnoutros nomes históricos da turquia, como com a poesia de Nazım Hikmet) e até por aqui se percebe que a passagem de testemunho aconteceu com toda a naturalidade. O presente está garantido, venha daí o futuro.