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José Dias Quarteto What Could Have Been

2016
Sintoma


O guitarrista José Dias apresentou-se ao mundo em 2013, com o seu disco de estreia 360, gravado ao leme do seu quarteto: Moisés Fernandes no trompete, Pedro Pinto no contrabaixo e Rui Pereira na bateria. Pouco depois, mostrou-se num contexto diferente: em trio, com Nuno Oliveira (contrabaixo) e Alexandre Alves (bateria), registou o álbum Magenta. Agora, três anos depois da estreia, surge este What Could Have Been, também editado pelo mesmo quarteto que gravou 360, também editado pela mesma editora, a Sintoma Records.

O quarteto que gravou este What Could Have Been é um grupo sólido que exibe competência. A guitarra eléctrica de Dias é, naturalmente, o elemento primordial do grupo, mas o trompete de Moisés Fernandes também se esforça por roubar as atenções. Contrabaixo (Pedro Pinto) e bateria (Rui Pereira) formam uma dupla estável. O líder José Dias é o autor de todas as composições do álbum, que combinam uma matriz clássica com um toque de modernidade. E essas composições são bem desenvolvidas pela interpretação precisa do grupo.

Este disco não é apenas a confirmação de José Dias que, além de docente e investigador, é mais um bom guitarrista da cena jazz nacional; este disco serve também para exibir a sua qualidade como compositor. “What Could Have Been” mostra o óptimo nível do quarteto, a sua boa dinâmica colectiva. Mais um bom disco publicado pela Sintoma Records, label que tem feito um trabalho notável na promoção e divulgação do jazz produzido em Portugal.


Nuno Catarino
nunocatarino@gmail.com
11/11/2016