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Fleetwood Mac Extended Play EP

2013


A pergunta impõe-se: quantas vidas têm afinal os Fleetwood Mac? A resposta é fácil: muitas. Mas sobretudo duas: o período antes e após a chegada de Lindsey Buckingham e Stevie Nicks, com todas as diferenças óbvias que existem entre as duas eras. E depois há uma série de regressos, reuniões, encontros e desencontros, mitos, histórias de amor e uma porrada de minutos na VH1.

Mas de uma banda que deu ao mundo discos como Rumours, Tusk, Mirage e Tango in the Night, já para não falar do período inicial dedicado aos blues, não se perde nada em ouvir os quinze minutos que perfazem o EP Extended Play, lançado dez anos depois do último material de estúdio dos Fleetwood Mac. É que não se perde nada mesmo.

As quatro canções de Extended Play podem acrescentar pouco ou nada ao cancioneiro dos Fleetwood Mac mas não envergonham (a balada “It Takes Time” até lembra o melhor da tal segunda fase da banda) e até lançam as sementes para um possível novo disco. Dificilmente um EP de uma banda como os Fleetwood Mac poderia significar mais do que isso: um lembrete, uma medalha ao peito, uma chamada de atenção. Uma nota mental: estas vozes ainda andam por aí.


André Gomes
andregomes@bodyspace.net
30/04/2013