Ainda andará na cabeça de muitos as explorações hipnóticas entre o disco e o krautrock do disco de estreia do norueguês Prins Thomas, um dos melhores discos editados em 2010. Prins Thomas era excitante por todos os motivos certos; o equilÃbrio entre o passado e o presente atribuÃa-lhe uma dimensão quase futurista, quase reveladora do que de bom estava ainda para vir.
É por isso perfeitamente natural que a sequela do disco de estreia de Prins Thomas chegasse até nós envolta de grande expectativa. Afinal, nem todos conseguem num disco de estreia atingir os resultados que o norueguês conseguiu. Pois bem, a boa notÃcia é que Prins Thomas não perdeu o toque; a má notÃcia é que Prins Thomas II não está ao nÃvel do disco de estreia.
A este Prins Thomas II falta-lhe nervo, falta-lhe profundidade e fantasia. Apesar de alguns bons momentos, parece por vezes ser um conjunto de esboços do que viria a ser o disco de estreia do norueguês. O facto de ser praticamente impróprio para consumo nas pistas de dança é irrelevante – Prins Thomas é para dançar com a cabeça. Mas é impossÃvel não sentir a vontade de pedir a Prins Thomas mais curvas, mais desejo, mais romance. Fica para o terceiro capÃtulo.