LuĂs Nunes foi para Londres e sonhou com The Imaginary Life of Rosemary and Me. Sonhou com um disco de canções levemente tropicais, com raĂzes seguras na mĂşsica folk mas com um balanço suficientemente insinuante para serem canções pop com propriedade. Felizmente nĂŁo se ficou pelo sonho e a Pataca Discos quis ser a casa do seu novo disco. E fez muito bem.
Em oito canções apenas, Walter Benjamin justifica tudo o que se pudesse esperar do seu disco de estreia e sublinha que o álbum nĂŁo precisa de mais do que menos de uma mĂŁo cheia de temas para ter um principio, meio e fim. The Imaginary Life of Rosemary and Me, na simplicidade e na sumptuosidade dos arranjos, na ousadia, na qualidade lĂrica das suas canções, está pejado de boas razões para vermos em LuĂs Nunes um muito promissor escritor de canções.
SabĂamos de antemĂŁo que “Airports and Broken Hearts” era uma canção “sobre aviões, corações destroçados e tornar o aeroporto de Heathrow num sĂtio tropical". O que nĂŁo sabĂamos Ă© que The Imaginary Life of Rosemary and Me deixa Portugal muito mais prĂłximo de ser a tĂŁo afamada Europe´s West Coast. Nem que seja em sonhos.