É com a belÃssima edição com selo da Cãoceito que entramos primeiro em M. Depois de aberto o objecto propriamente dito, entrar no primeiro EP com edição fÃsica de Stereoboy - para trás existe um lançamento na Optimus Discos que havia deixado boas pistas para o futuro - é entrar no mundo da pop electrónica e dos seus encantos.
É uma entrada fácil, diga-se. E uma entrada que tem logo em "m-1" o melhor cartão-de-visita possÃvel. Logo ali, percebe-se o gosto em fazer canções que, mesmo que se aproximem do formato clássico da dita cuja, não seguem propriamente as regras canónicas da música pop. Em M há sempre espaço para sair da linha e seguir pelo caminho menos directo.
O desfile de vozes - maioritariamente femininas - é especialmente feliz no processo de apuramento estético do EP M; conferem-lhe humanidade, dão-lhe uma cara. Mas a cama em que cada uma dessas vozes se deita é o que faz de M um objecto de imersão e mergulho. Há um pequeno mundo onde viver neste M: entra quem quer. O que fica por confirmar sê-lo há - ou não – no futuro longa-duração.