Começamos a desfazer-nos de dúvidas: a pop proveniente do norte da Europa é mesmo das melhores coisinhas com que nos temos deparado. Oh Land, ou a girÃssima Nanna Øland Fabricius, edita em 2011 o segundo disco, homónimo, um aglomerado de canções ora terrenas, quentes e sensuais, ora malhas pop de uma leveza que ajudam a perceber que o melhor do Verão não é as Bahamas.
“Perfectionâ€, a abrir o disco, é quase a mistura perfeita entre Lykke Li e Fever Ray, outras jovens loiras que, nos últimos anos, nos fizeram repensar todo o conteúdo por trás das anedotas capilares. Adiante. Uma sonoridade sintetizada, cintilante, é o ADN de Oh Land, que sabe navegar na perfeição entre o que de mais intimista e dançável a pop tem. “Voodoo†é ode aos La Roux, pastilha elástica q.b., mas sobretudo sem a voz esforçada para lá da própria vida de Elly Jackson. Vá, e sem a poupa.
O momento maior de todo o alinhamento, para além da genuÃna graça de “Sun Of a Gun†e de toda a festa e confettis em torno do refrão “Humanâ€, é “Wolf and Iâ€, uma das grandes canções deste ano já bem recheado. As vocalizações, que não deixam as meninas dos Dirty Projectors desdenhar, são o ingrediente principal deste tema que traz à memória “Your Protector†dos Fleet Foxes, de quem Nanna até já fez uma cover. Amigos, portanto.
Oh Land é um dos discos mais bem dispostos de 2011 e só por isso já ganhou um ouvinte assÃduo. Da mesma forma que Lykke Li, The Asteroids Galaxy Tour ou até os The Sounds, nos bons momentos, nos fizeram e continuam a fazer dançar e sorrir até mais não. Comecemos mas é a reflectir sobre se não serão as praias do geladinho norte da Europa um belo sÃtio de inspiração.