O nome não é nenhuma tentativa de criar um género novo, mas uma audição atenta encontrará aqui restos tanto de Candlemass como de Chic. Pronto, talvez mais dos primeiros. "Trux Reverb", faixa homónima, dá o mote para os cerca de trinta minutos que se lhe seguirão: guitarra mergulhada em efeito sujo, um rock distorcido e hipnótico como tão bem se quer. E assim, pelo menos, o «Reverb» do tÃtulo está correcto.
Incorrecta é a alguma preguiça que notamos, via um minimalismo desnecessário (ou, a malta gosta é de explosões), como é o caso em "The Cabin", mas tal não quer dizer que Trux Reverb seja de alguma forma aborrecido. No mÃnimo dos mÃnimos é interessante o suficiente através da força mágica do riff pontual. Em "Star Drone" ouvimos voz - inutilmente - pela primeira vez, sobreposta sobre o fuzz; e em "Them" uma visão daquilo que seria uma banda de garage rock dirigida pelos Esplendor Geométrico - ruidoso, repetitivo, ainda preguiçoso mas aceitável.
RuÃdo que, estranhamente, é cortado pelo número acústico de "Sands Inn"; não que a faixa seja má (que não o é de todo), mas só poderemos pensar: que raio faz ela aqui? Até porque, no final, regressamos ao apelo drone com "Port Land", quinze minutos (a.k.a. metade do disco) soturnos de pós-rock extremamente primitivo, ou slowcore na verdadeira acepção da palavra, onde os sofredores de ADD ou pessoas que têm coisas melhores para fazer com o seu tempo certamente se aborrecerão e os restantes dirão apenas "meh". Que é, na verdade, a expressão que melhor define o disco.