Os Explosions in the Sky – EITS para os amigos – sempre foram uma banda muito superior à colheita interminável de bandas do vai-acima, vai-abaixo que há cerca de uma década pululava depois de parida pelo pós-rock, a maior gaveta musical da história. Sobretudo porque sempre foram mais do que a banda das descargas violentas após crescendo; quando isso acontecia aos Explosions in the Sky acontecia como uma inevitabilidade, desígnio superior.
Talvez por isso, mais do que qualquer outra banda do género, os Explosions in the Sky chegaram a um público transversal: agradaram a gregos e troianos, a metaleiros e rockeiros, folquistas e popeiros, e até aos que não professam uma religião musical específica. Take care, take care, take care, produzido pela banda (John Congleton (Modest Mouse, Walkmen) assumiu o resto das funções), é um disco que, mais uma vez, prova essa transversalidade.
Apesar de continuar a explorar essencialmente o mesmo território cultivado nos dois discos anterior (“Last Known Surroundings” é EITS vintage), Take care, take care, take care introduz algumas novidades: “Trembling Hands” faz-se de vozes e ritmos que não lhes conhecíamos. No geral, é mais um óptimo disco de guitarras para quem gosta que lhe falem assim directamente ao coração. Não é nada de novo. Quem já bebeu daqui e gostou pode e deve voltar à fonte com 100% de garantia; quem já provou e prometeu não repetir pode continuar a circular.