Antes de lançarem ao mundo algo de palpável, os Bringing The Day Home decidiram mudar o nome para SAUR. Escolha acertada? Bem, ainda Ă© cedo para se saber se o nome trará ou trouxe maior ou menor sorte ao quarteto, apĂłs alguns anos com apenas concertos na biografia e canções num myspace que já ninguĂ©m usa. Para já ficam os temas: tambĂ©m sĂŁo quatro. PĂłs-rock com alguns laivos stoner, pesado e meditativo q.b., cerca de vinte minutos. Vinte, divisĂvel por quatro. Eh.
E fale-se entĂŁo dos temas; da bomba-relĂłgio que Ă© "Alien Dinosaur Explosion" (repetimo-nos: que tĂtulo brutal), que começa leve, levezinha para depois rebentar nas guitarras - sem desprimor, claro está, para o baixo e a bateria que as acompanham. O riff Ă©, naturalmente, o arqueĂłlogo que nos guia atravĂ©s destas escavações (nĂŁo podĂamos deixar de fazer uma piada com dinossauros) em busca do esqueleto de canção perfeito, atravĂ©s das salinas e dos montes que rodeiam o espaço da pequena cidade Ribatejana.
Não o encontrámos ainda, até porque a procura ainda recentemente começou e existem aqui e ali alguns buracos sem ossadas (vá lá, duas), como a ainda assim boa "It Depends". Damos no entanto de caras com outros tesouros: "Mr. Veerappan", toda ela headbanging e cornos no ar, toda ela à espera de que a possamos ver ao vivo rapidamente. E o final com "Black Is White, Left Is Right", que soa quase como uns PAUS menos dançáveis até lermos que foi o excelso Makoto Yagyu quem masterizou o disco. O veredicto: bom, muito bom. A esperança: que venha a tornar-se ainda melhor. O presente: ouvir, reouvir, rugir (pronto, três).