Por mais que a tecnologia evolua as guitarras nunca deixarão de ocupar um lugar de destaque na música. Aliás, nas últimas décadas, e apesar das novas tendências terem proliferado (com as suas manipulações sonoras e demais fusões musicais), o rock, seja ele pop, alternativo ou outra coisa qualquer, teve sempre uma palavra a dizer. A alegria estupidamente infantil, a loucura, a irreverência, a dor e a revolta são apenas alguns dos adjectivos e sensações que explora. Talvez por isso possamos dizer que nunca irá desaparecer. E é neste contexto que os Bildmeister surgem, dando consistência a esta ideia de proliferação do rock.
Ao ouvirmos “Explayâ€, o seu EP de estreia, somos percorridos por uma áurea revivalista. As sonoridades que marcaram os anos setenta e oitenta, e passaram algo despercebidas durante os noventa, vêem ao de cima e servem de catapulta para ambientes algo inesperados nos tempos que correm.
Desde os teclados infantilizados de “Out of Sight†à s guitarras sónicas de “I fit im my styleâ€, os Bildmeister são aquilo que podemos considerar como um salto para a contra-revolução musical. As guitarras fazem todo o sentido e as melodias timidamente pop que as acompanham são mais que pretexto para uma noite de devaneio. O corpo e os sentidos pedem por viagens à noite de carro, em altas rotações e cheio de gente, ao som de “Explay.
Editado pela Switch on Records, um selo criado pela própria banda a pretexto deste lançamento, “Explay é um disco que explora conceitos já instituÃdos mas com uma nova perspectiva, e onde já se nota alguma maturidade. Para ouvir com atenção.