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Há uma nova label por aí: Empty Foxhole
· 09 Set 2013 · 10:09 ·


Anda por aí uma nova label que promete dar que falar. Com nome inspirado num disco de Ornette Coleman, a Empty Foxhole já promoveu três lançamentos de três jovens projectos nacionais: I Stood In a Valley, Minumus e Fuzz. Um dos projectos que mais de destaca são os I Stood In a Valley, que no primeiro EP apresentam um conjunto de versões submersas, passando por gente tão diversa como Vashti Bunyan, Neil Young ou Rocket Man (ouçam tudo aqui). Gonçalo Formiga, um dos mentores do projecto, apresentou-nos o seu trabalho.

Como nasceu a label?
 
A Empty Foxhole nasceu oficialmente em Abril deste ano, mais do que uma editora é uma produtora, criada por mim e por mais dois colegas (João Filipe Costa e João Boieiro) que estudam produção e composição musical comigo. Esses estudos são uma vantagem que nos permite trabalhar um dia eventualmente em algum estúdio a fazer o que surgir, o problema é nos termos apercebido (ou confirmado uma suspeição) que o standard da indústria, apesar de útil, nos interessa muito pouco. Queremos trabalhar com as bandas/artistas desde os ensaios até que vão para estúdio e dar a hipótese a qualquer trabalho feito por nós, connosco ou simplesmente por amigos, de ser editado. Sabemos que muita da nossa música preferida não o seria se não tivesse sido gravada naquelas condições especificas, com aquela editora sem grandes pretensões, com aquele produtor, naquele quarto, sala de estar ou estúdio caseiro. Premissa que torna o resultado actual do nosso catálogo bastante variado. Neste inicio decidimos simplesmente canalizar tudo o que estava por perto e reparamos estar parado ou sem perspectivas de edição, mas que de uma forma ou outra nos captou interesse.
 
Porque escolheram trabalhar com estas três bandas? Podes apresentá-las?
 
Os Minimus pelo trabalho complexo de composição, o primeiro volume de covers do I Stood In a Valley pela imprevisibilidade lo-fi inserida numa playlist reinterpretada intimamente, e mais recentemente os Fuzz que já eram Fuzz antes do Ty Segall e amigos se lembrarem, e só têm 15 anos, são um mini-fenómeno nas Caldas da Rainha e surgem como miúdos que arranjaram uns pedais e correm o risco de nos próximos anos se tornarem testemunhos de um legado de rock alternativo que bandas das Caldas da Rainha e arredores apregoaram na década de 90.
 
Quais são os vossos planos para os próximos tempos?

Em Outubro vamos começar a gravar e produzir mais bandas no nosso próprio estúdio caseiro que está neste momento em construção, os trabalhos que se seguirem certamente serão mais coerentes a uma sonoridade e certamente mais consistentes. Nas edições queremos dar prioridade a formatos analógicos como o Vinil e a k7, não por tomar partido em guerras de fidelidade, mas apenas por uma questão de gosto pessoal em relação à forma em que uma obra de música é transmitida.
Nuno Catarino
nunocatarino@gmail.com

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