DISCOS
Broken Spindles
Inside/Absent
· 26 Jul 2005 · 08:00 ·
Broken Spindles
Inside/Absent
2005
Saddle Creek / AnAnAnA


Sítios oficiais:
- Broken Spindles
- Saddle Creek
- AnAnAnA
Broken Spindles
Inside/Absent
2005
Saddle Creek / AnAnAnA


Sítios oficiais:
- Broken Spindles
- Saddle Creek
- AnAnAnA
É um gajo, são as suas canções confessionais, intimistas ou coisa-que-o-valha, o seu laptop e mais uns instrumentos. É um gajo, é baixista dos The Faint, chama-se Joel Petersen e entre as tournées dos The Faint grava discos como Broken Spindles. Tem como parentes musicais Casiotone for the Painfully Alone, de Digital Ash in a Digital Urn, um dos dois discos de Bright Eyes (também da Saddle Creek, editora tanto de Broken Spindles como dos The Faint) deste ano, ou mesmo dos The Postal Service.

Com tanta oferta neste campo, o que distingue, então, Inside/Absent, a proposta de Broken Spindles para este ano, do resto? Quase nada, a não ser temas como “Inward”, a primeira faixa, ou “Desaturated”, composições para piano no meio de canções. O piano também dá ares da sua graça nas canções propriamente ditas, como em “Birthday” ou em “Valentine”, que é quase só piano e voz.

Em “This Is an Introduction”, a verdadeira introdução do disco e da pessoa de Joel Petersen, entram logo as batidas milimétricas, os teclados e palavras como “Excuse me / I’d like to introduce me / Explain me / the best that I can”. Lá para o meio um gajo começa a abanar o fazedor-de-dinheiro com as melodias de teclado irresistíveis. Logo a seguir, em “Burn My Body”, um gajo continua a abanar o fazedor-de-dinheiro e acentuam-se as guitarradas, que na faixa anterior só se ouviam no início e lá ao longe. “Please Don’t Remember This” tem um sintetizador defeituoso e o gajo a pedir a alguém para esquecer a canção, há brincadeiras com a voz e com a batida, que continua a pedir para mexermos o fazedor. “The Distance Is Nearsighted” é quase chunga-tuning e com mais algumas batidas por minuto não ficaria mal nos picanços da Vasco da Gama. O disco fecha com “Painted Boy Face”, que é basicamente uma brincadeira nas obras.

Não se destacando assim por aí além do resto, Inside/Absent é, porém, um disco interessante, variado q.b., com meia-hora (e não é um EP) de canções que servem ora para abanar o fazedor-de-dinheiro ora para chorar. A escolha é vossa.
Rodrigo Nogueira
rodrigo.nogueira@bodyspace.net

Parceiros