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God Help the Girl
God Help the Girl
· 19 Mai 2009 · 23:36 ·
God Help the Girl
God Help the Girl
2009
Rough Trade / Popstock Portugal


Sítios oficiais:
- God Help the Girl
- Rough Trade
- Popstock Portugal
God Help the Girl
God Help the Girl
2009
Rough Trade / Popstock Portugal


Sítios oficiais:
- God Help the Girl
- Rough Trade
- Popstock Portugal
Choninhas of the world, unite!
Como já quase todos devem saber, este é o quase-novo-disco dos Belle & Sebastian. O líder é Stuart Murdoch, que tem neste projecto uma aventura paralela à vida oficial dos escoceses, mas aqui num formato diferente. Os vocalistas não são fixos, vão-se revezando, as vozes femininas têm predominância (Catherine Ireton é a voz mais activa, participa na maior parte dos temas) e lá pelo meio até aparece o Neil “Divine Comedy” Hannon - que participa no tema “Perfection as a Hipster”.

De resto, as premissas são aproximadamente as mesmas que já se conheciam dos B&S tradicionais: melodias pop cheias de ganchos e arranjos de pop clássica, que se colam aos ouvidos e rapidamente se transformam em objectos facilmente trauteáveis. Combina-se de forma inteligente o melhor da pop educada dos 60’s, da folk vertente orelhuda e bocados selectos de soul, para depois se deixar marinar. Polvilha-se com pózinhos de twee, q.b., sem abusar.

Esta música anda muito próxima daquilo que conhecíamos, sim, mas por outro lado é difícil tentar enquadrar e comparar com os álbuns da discografia oficial. Menos indie-rock, talvez, mais intemporal, mais clássico. Talvez seja por aqui que se consiga marcar a diferença. A maioria dos temas são originais, mas há duas repescagens ao repertório belleandsebastiânico, com as quais se pode fazer a avaliação: “Funny Little Frog” e “Act of the Apostle, part 2” surgem em novas versões, femininas, com arranjos mais luxuosos – resumidamente, melhores que as originais.

Há canções como “God Help the Girl”, “If You Could Speak”, “Perfection as a Hipster”, ”Come Monday Night” e “I'll Have to Dance with Cassie” que são destaques fáceis. Menos twee, mais Ronettes, menos 90’s, mais 60’s. Este disco é um delicioso rebuçado que os fãs da banda hão-de largamente apreciar, é um disco que não desilude quem tenha os vinis todos (e as t-shirts e os ímanes do frigorífico). Mas a sua intemporalidade pop pode chegar também a outros ouvidos.
Nuno Catarino
nunocatarino@gmail.com

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